Uma olhada de perto no Apple Watch Series 3 com 4G
O smartwatch da Apple não precisa mais do celular para se comunicar
O smartwatch da Apple não precisa mais do celular para se comunicar
O Apple Watch Series 3 com suporte a redes celulares (GPS + Cellular) está chegando ao mercado brasileiro. Com preços sugeridos a partir de R$ 3.199, o relógio permite monitorar atividades físicas, ouvir música por streaming e receber ligações mesmo quando o iPhone não estiver com você. As vendas começam nesta sexta-feira (15), e eu fui dar uma olhada de perto nele.
O modelo com suporte a redes celulares tem poucas diferenças em relação ao Apple Watch somente com GPS. Visualmente, a única mudança está na coroa digital, que traz um detalhe vermelho na ponta. Por dentro, há o dobro de armazenamento (16 GB) e um cartão SIM embutido (eSIM), que requer configuração junto à operadora para entrar em funcionamento.
Os preços são 600 reais mais altos que a versão básica: o Apple Watch de 38 mm custa R$ 2.599 (GPS) ou R$ 3.199 (GPS + Cellular), enquanto o de 42 mm sai por R$ 2.849 (GPS) ou R$ 3.449 (GPS + Cellular), ambos com pulseira esportiva. O mais caro é o de 42 mm com pulseira preto-espacial estilo milanês, por R$ 6.299. Quem comprar o relógio em uma loja da Claro terá descontos.
Por enquanto, a única operadora brasileira com 4G no Apple Watch é a Claro. O processo de ativação exige abrir o aplicativo Watch, fazer login com as credenciais do Minha Claro e assinar o Claro Sync, por um adicional mensal de R$ 29,99 (os três primeiros meses são gratuitos). Esse serviço está disponível apenas para assinantes de planos pós-pagos.
Depois de confirmar a operação, o 4G é ativado dentro de alguns minutos (menos de cinco, no meu caso). A partir daí, sempre que você estiver longe do iPhone, o Apple Watch irá utilizar a rede móvel para continuar realizando todas as operações. O número de telefone é o mesmo em ambos os dispositivos, e as franquias de minutos e dados são compartilhadas.
Vale lembrar que os modelos homologados no Brasil são A1889 (38 mm) e A1891 (42 mm), os mesmos vendidos em alguns países na Europa e na Ásia. O Apple Watch com 4G comercializado nos Estados Unidos não é compatível com nenhuma das frequências brasileiras de LTE, portanto, ele não funcionará com as redes daqui.
O modelo que estou testando, de 38 mm, com pulseira esportiva, pesa apenas 28,7 gramas. Eu estou acostumado com um Garmin Fenix 5S de 67 gramas no pulso, então a leveza me chamou bastante atenção.
A pequena tela OLED, apesar de não ser transflexiva, tem brilho e contraste altíssimos e não decepciona na legibilidade mesmo com o sol rachando. Só que, como em todo eletrônico que suporta comandos de toque, ela logo fica melecada de impressões digitais.
E o software é onde a Apple e seu ecossistema se destacam, com aplicativos notavelmente melhores que os do Wear OS ou Tizen: além de terem interfaces mais bem trabalhadas para um touchscreen minúsculo, eles mostram mais informações, possuem mais recursos e estão em maior número — neste primeiro momento, o único de que sinto falta é o Spotify.
Mas, no final das contas, o que realmente faz diferença é o fato de que o Apple Watch com 4G deixa de ser um mero acessório de smartphone para se tornar um gadget independente: é libertadora a possibilidade de sair para correr sem se preocupar se alguém está te ligando ou enviando mensagem, enquanto escuta uma playlist sem se importar se você baixou ela previamente ou não.
A análise completa do Apple Watch Series 3 GPS + Cellular será publicada em breve. O que vocês querem saber sobre ele?