Xiaomi Mi TV Stick: dongle básico e eficiente em TVs limitadas

Xiaomi Mi TV Stick entrega Android TV, Chromecast integrado e controle com Google Assistente, mas preço da DL Eletrônicos é alto

Darlan Helder
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• Atualizado há 11 meses
Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Mi TV Stick chegou ao Brasil em julho de 2020, através da DL Eletrônicos, com a missão de concorrer com outros dongles básicos. O dispositivo da Xiaomi tem Chromecast integrado, exibe conteúdos em Full HD, roda Android TV e tem controle remoto Bluetooth com Google Assistente.

No entanto, a DL cobra R$ 500 por esse produto. Será que vale pagar tudo isso? Eu avaliei o Mi TV Stick nos últimos dias e compartilho toda a experiência de uso a seguir.

Análise do Xiaomi Mi TV Stick em vídeo

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Nenhuma empresa, fabricante ou loja pagou ao Tecnoblog para produzir este conteúdo. Nossos reviews não são revisados nem aprovados por agentes externos. O Mi TV Stick foi fornecido pela DL Eletrônicos por empréstimo. O produto será devolvido à empresa após os testes.

Kit e instalação

Se você ainda não sabe para que serve um produto como esse, vamos à explicação: o Mi TV Stick é um gadget interessante para quem tem um televisor não-smart ou que é smart, porém não recebe mais atualizações. Mas não só isso, também é possível instalar normalmente em um monitor com HDMI disponível, para acessar plataformas de streaming de vídeos, áudio e até jogar.

Na caixa, além do Mi TV Stick, a Xiaomi envia o adaptador de tomada, pilhas palito, cabo micro USB de 82 centímetros para energizar o dispositivo e, por fim, o controle remoto, acessório importante que o Google Chromecast só ganhou agora, em 2020.

Kit do Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Kit do Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Controle do Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Controle do Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Xiaomi ainda acerta por adicionar aqui os botões de liga/desliga e de volume. A Amazon, por outro lado, não incluiu eles no controle do Fire TV Stick Lite e a Roku decidiu por fazer igual, infelizmente.

O processo de instalação é, basicamente, o mesmo dos concorrentes. Primeiro, conectei o cabo micro USB no dongle e coloquei a outra ponta na entrada USB-A da minha televisão para conseguir ligar o aparelho. Caso não tenha porta disponível na sua TV, basta utilizar a fonte que a Xiaomi introduziu na caixa.

Instalação do Xiaomi Mi TV Stick na televisão (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Instalação do Xiaomi Mi TV Stick na televisão (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Feito isso, é só conectar o Mi TV Stick em uma porta HDMI na televisão e, então, ligue-a para fazer as configurações. Como esse dispositivo roda Android TV, o procedimento se torna mais rápido e fácil ao utilizar a sua conta do Google nessa etapa. O Mi TV Stick aproveitará para se conectar ao Wi-Fi e ele trabalha tanto com redes de 2,4 GHz como de 5 GHz.

A outra boa notícia é que a Xiaomi adicionou um controle que funciona por Bluetooth e não por infravermelho, como no Roku Express. Portanto, você pode colocar a caixinha na parte de trás da TV ou do monitor sem se preocupar. A instalação, porém, poderá ser um pouco mais difícil se o equipamento estiver fixo na parede, então atente-se a isso.

Software e desempenho

O Mi TV Stick roda Android TV 9.0 e tem a mesma interface de outras TV Boxes e smart TVs da TCL, da Semp e da Sony. Eu gosto bastante da plataforma do Google: os apps ficam bem organizados e em áreas que facilitam a abertura rapidamente; eles são otimizados para a tela grande; você tem o Google Assistente como diferencial; e a área de configuração também é descomplicada.

Android TV 9.0 rodando no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Android TV 9.0 rodando no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Os apps e conteúdos sugeridos de cada plataforma são exibidos no centro e o mais legal é que você pode configurar como quiser, podendo adicionar ou remover aplicativos na tela principal.

A minha unidade de teste já veio com Netflix, Prime Video, YouTube e Google Play Movies pré-instalados e 5 GB de memória interna disponível para baixar outras coisas.

E o cardápio de streaming de vídeo é bem completo, além dos serviços já mencionados, estão na Google Play Store Disney+, Pluto TV, Danz, Plex, HBO Go, Telecine, Globoplay, Fox, além de DirecTV Go e outros. Porém, Apple TV+ não está disponível.

Você ainda pode abrir a Netflix ou o Prime Vídeo direto pelos botões dedicados no controle remoto.

Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

De modo geral, o Mi TV Stick tem um bom desempenho (não ótimo), mas tem respostas rápidas e navegação fluída. No entanto, o Amazon Fire TV Stick Lite é superior nesse quesito. Em alguns momentos, o produto da Xiaomi demorava para ligar e, vez ou outra, pensava bastante para abrir uma tela em configurações, mas nada grave.

Para quem curte jogos, temos aqui uma experiência semelhante à de um celular de entrada. Games mais complexos como Asphalt 8 até rodam, mas com atrasos consideráveis, enquanto Crossy Road trabalha muito bem. Você até consegue jogar com o controle do Mi TV Stick, contudo se usar um joystick por Bluetooth, a jogatina acaba sendo melhor.

Asphalt 8 rodando no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Asphalt 8 rodando no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O dongle da Xiaomi tem Chromecast integrado e a transmissão de conteúdo da Netflix e do YouTube funcionou corretamente durante os meus testes com um iPhone 11. No Android, espelhei com um Nokia 5.3 e, como de praxe, os conteúdos estáticos são exibidos sem problemas, mas jogos sempre travam.

O Google Assistente pode ser acionado a qualquer momento através do botão dedicado no controle. É um recurso adicional interessante para abrir aplicativos, checar a temperatura e pedir para tocar músicas, entretanto, às vezes, a assistente demora para reagir.

Assim como os concorrentes, o Mi TV Stick reproduz conteúdos em Full HD a 60 frames por segundo e deve agradar boa parte dos usuários que tem uma TV antiga. Se você tem o plano Premium da Netflix, por exemplo, é melhor partir para outro dispositivo mais completo com 4K, como o Mi Box S.

Filme da Netflix em reprodução no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Filme da Netflix em reprodução no Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

No áudio, o Mi TV Stick tem como destaque o suporte a DTS e Dolby Audio para entregar som surround estéreo. Através do Bluetooth, você pode conectar uma caixa de som ou fone de ouvido, só é uma pena que o Bluetooth é o 4.2.

Xiaomi Mi TV Stick: vale a pena?

O Mi TV Stick é um dos melhores dongles básicos atualmente, com uma interface ótima, controle remoto completo e fácil instalação. A Xiaomi só perde nos detalhes: o Bluetooth deveria ser ao menos 5.0 para uma comunicação mais estável e o desempenho tinha de ser um pouco superior para fazer frente com o Fire TV Stick Lite, da Amazon.

Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi TV Stick (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Apesar disso, a pessoa que optar pelo gadget da chinesa muito provavelmente não se arrependerá do investimento feito, pois a versatilidade é um ponto forte do Mi TV Stick, que faz ele se sobressair em relação aos concorrentes.

Já o principal ponto negativo é o preço, se o consumidor optar pela DL Eletrônicos, terá que desembolsar R$ 500, enquanto o produto da Amazon sai por R$ 331 e o Express, da Roku, é vendido por até R$ 200. Tudo bem que você já encontra por menos em grandes varejistas e importadores vendem por um valor ainda mais baixo, mas existe todo o risco que você corre ao optar por esse segundo caminho (como, por exemplo, a falta da garantia no pós-venda), então vale analisar bem.

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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