Um Audi TTS guiado por computadores, sem qualquer ajuda de um homo sapiens atrás do volante, foi o primeiro veículo autônomo a participar de uma competição automobilística. O feito aconteceu na tradicional prova de subida de montanha de Pikes Peak, nos EUA, uma das corridas mais antigas por esporte-motor mundial, atualmente em sua 88ª edição.
Desenvolvido pela universidade de Stanford em conjunto com a Oracle e o laboratório de pesquisas da Volkswagen (dona da Audi), o veículo é equipado com uma série de sensores e sistemas de navegação capazes de “lerem” as condições da estrada em tempo real e de tomarem decisões sozinhos.
“Ao firmar parcerias com empresas de tecnologia do Vale do Silício nós estamos procurando desenvolver tecnologias inovadoras em nossos veículos e redefinir o que entendemos como impossível”, afirmou Burkhard Huhnke, diretor de pesquisas da montadora alemã. “Nossa meta é aprimorarmos a segurança no trânsito e salvar vidas criando sistemas extremamente sofisticados”, completou.
Apesar de representar a fina flor da tecnologia automobilística e de ter um velho e bom motor a combustão com saudáveis 265 cv de potência debaixo de seu capô, o desempenho do Audi autônomo ainda não foi dos melhores. O carro completou a corrida em longos 27 minutos, enquanto especialistas estimam que um carro semelhante guiado por um piloto tradicional – desses de carne e osso – faria o mesmo percurso em 17 minutos.
Se você ainda acha que veículos que dirigem sozinho deverão ficar limitados à ficção científica ou a experimentos excêntricos, é bom repensar suas opiniões sobre o assunto. Há pelo menos seis meses o Google vem testando, nos arredores de sua sede, em Montain View, Califórnia, carros – pacatos modelos ecológicos Toyota Prius – capazes de dirigirem sozinho mesmo sob trânsito intenso, levando motoristas humanos na carona apenas para contornas eventuais emergências.