Amazon, Bradesco e Vivo também querem terminações de domínio exclusivas
Após o Google anunciar que está de olho em novos domínios de topo (ou TLDs, sigla para Top Level Domains), como .lol, .docs e .google, outras empresas também demonstraram interesse em reservar palavras genéricas e marcas registradas. A Amazon é uma das mais empenhadas nas novas possibilidades: quer registrar um total de 76 TLDs, incluindo palavras como .free e .book. Empresas brasileiras também querem suas próprias terminações de domínio.
O ICANN, órgão que regula o registro de domínios na internet, já recebeu mais de 1,9 mil propostas de companhias de várias partes do mundo. Apple, Cisco, Microsoft, Nokia, Samsung e Yahoo estão entre as empresas de tecnologia interessadas. No Brasil, 11 terminações foram solicitadas até agora: .bom, .bradesco, .final, .globo, .ipiranga, .itau, .ltda, .natura, .rio, .uol e .vivo.
A Amazon quer registrar terminações como .amazon, .app, .aws, .buy, .cloud, .dev, .free e .game. A extensão .app, entretanto, pode não ficar com a loja que vende de tudo: a terminação é disputada por 13 empresas diferentes. Apesar da grande quantidade de solicitações, ter um domínio exclusivo não é nada barato: o ICANN cobra US$ 185 mil de empresas que tentarem registrar um TLD. Para manter o domínio, será necessário pagar uma taxa anual de US$ 25 mil.
Para evitar problemas futuros, nos próximos 60 dias os domínios de topo ficarão disponíveis para serem contestados formalmente caso infrinjam alguma marca registrada. As empresas interessadas também passarão por uma avaliação do ICANN onde será analisada a capacidade técnica e financeira das companhias de administrar um registrador de domínios.
Cada terminação será verificada para garantir que elas não quebrem o sistema de DNS. As extensões que passarem por todo o processo burocrático (mas necessário) da ICANN deverão estar acessíveis no primeiro trimestre de 2013.