Comitê olímpico tem agentes para encontrar e desativar hotspots WiFi
Nas Olimpíadas de Londres uma enorme quantidade de tecnologia é usada para transmitir vídeos, enviar dados a placares e até rastrear os atletas usando GPS em provas. O ponto em comum deles, claro, é que usam frequências de transmissão sem fio. E para garantir que eles funcionem da melhor maneira possível e não sofram interferência externa, o Comitê Olímpico Internacional tem um aparato capaz de rastrear pontos de acesso sem fio que podem causar problemas.
O equipamento acima foi fotografado por Sadao Turner e publicado na sua conta do Twitter, onde ele também diz que esse é um dos integrantes da “polícia do WiFi”. São funcionários contratados pelo Comitê Olímpico Internacional que, com a ajuda do equipamento, procuram o exato local onde estão os pontos WiFi sem autorização para operar e tomam as medidas cabíveis – que deve ser apenas pedir para o usuário desligar o hotspot ou expulsá-lo do estádio caso ele não cumpra. O equipamento em si não bloqueia a transmissão, apenas aponta com exatidão onde ela está.
A imagem foi parar no Reddit onde um usuário chamado HypoWombat revelou mais detalhes do aparelho. Trata-se de um módulo de rádio-monitoramento chamado HE 200 fabricado por uma empresa chamada Rohde & Schwartz e que trabalha entre as frequências de 20 MHz a 3 GHz. Diferente do que a foto capturada por Turner, ele não é vendido na cor vermelha – ao que parece o Comitê Olímpico decidiu envolver o equipamento em uma fita que combinasse com a temática do evento. O aparelho é esse aí abaixo.
Por ter esse alcance específico de frequências, o aparato é capaz não só de detectar pontos de acesso WiFi como também o sinal de telefonia celular e até sinais de TV VHF e UHF. E ele não pode ser comprado por qualquer um por dois fatores: esse modelo é antigo e ainda assim, são bastante caros. O mais novo (HE 300, mostrado abaixo) tem alcance de 20 MHz a 7,5 GHz e ao que parece são vendidos por preços que variam entre 7,3 a 8,5 mil dólares, e isso usados.
Não se sabe ao certo quantos “policiais de WiFi” estão circulando nos arredores dos estádios olímpicos, mas os diretores do COI provavelmente acham que equipar um bando deles é um pequeno preço pequeno a pagar para manter as frequências o mais livre de interferência possível.
Atualizado às 17:21.
Com informações: The Verge.