Netflix vai ampliar suas produções originais com documentários e stand-up comedy
Com o sucesso de suas produções originais, inclusive a indicação delas ao Emmy, o Netflix descobriu que há um nicho a ser explorado e que pode render muito dinheiro. Com sua terceira produção original recém-lançada, Orange Is The New Black, recebendo boas críticas (no Metacritic, está com nota 79/100), é hora de ampliar os horizontes. E é isso que a empresa vai fazer.
Depois de investir em seriados, o Netflix vai investir em outra área de vídeo: documentários e shows de stand-up produzidos exclusivamente para serem exibidos pelo serviço de streaming.
Já tem um especial de comédia desses no ar: Ragnarok, de John Hodgman, estreou no mês passado na programação.
Segundo a carta que anuncia os próximos passos do serviço de streaming para seus investidores, “o Netflix virou o principal destino para fãs desses gêneros muito amados e normalmente pouco divulgados”. Acho que o que aconteceu com Arrested Development serve como exemplo disso: foi cancelado na TV aberta e retomado no Netflix anos depois, com uma base considerável de fãs que tiveram de ir para o serviço de streaming para assistir à nova temporada. Ainda assim, a série não causou muita diferença no total de assinaturas.
Diversificar suas produções originais de excelente qualidade é uma boa opção para trazer mais assinantes, já que o Netflix fechou esse trimestre com um número de novos usuários baixo: 630 mil contra 2 milhões nos últimos dois trimestres nos EUA; entre os assinantes internacionais, a situação é semelhante: 610 mil neste trimestre, contra 2,8 milhões nos dois últimos trimestres. Ainda assim, os números são maiores que o mesmo período no ano passado, o que não deixa de ser um crescimento.