A partir de hoje, Lulu só terá perfis de homens que aceitarem participar do serviço
A Luluvise, empresa responsável pelo Lulu, anunciou nesta segunda-feira uma grande e drástica novidade para o público brasileiro de seu polêmico aplicativo: a partir de hoje, somente perfis de homens que se cadastraram por livre e espontânea vontade é que estarão disponíveis para avaliação no serviço.
Por meio de sua diretora de marketing, Deborah Singer, a Luluvise explicou que a mudança visa incentivar a participação dos homens dispostos a receber “feedback” de suas amigas e recomendações de “milhões de garotas”, não havendo nenhuma relação com as ações judiciais movidas contra o Lulu.
É difícil acreditar totalmente neste argumento, uma vez que as alterações nas políticas de uso valem somente para o Brasil e vieram à tona cerca de duas semanas depois de o Ministério Público do Distrito Federal ter aberto um inquérito para investigar se o Lulu fere ou não princípios de privacidade.
Como, até então, o Lulu montava perfis de homens a partir de seus respectivos dados no Facebook, sem autorização prévia, as chances de o inquérito dar origem a um processo judicial são (ou eram) grandes, o que nos faz suspeitar que a empresa tenha decidido fazer alterações antes que a questão toda ganhasse proporções maiores. É possível que esta tenha sido uma recomendação do próprio Ministério Público, aliás.
Para que o aplicativo continue fazendo sentido, o Lulu agora precisa atrair participação masculina. É por isso que a Luluvise revelou outra novidade: como “presente de Natal”, os homens poderão receber por e-mail a sua nota no serviço, desde que entrem neste site (que estava fora do ar na publicação deste post) até o próximo dia 25 e concordem em manter / criar seu perfil. Estas informações, até o momento, são restritas às “cruéis” avaliadoras.
Com cerca de 3 milhões de mulheres e pelo menos 500 mil homens que ficaram interessados em saber quantas vezes seu perfil fora acessado (uma das únicas informações disponíveis a este público até agora), o Brasil superou os Estados Unidos em número de usuários. Mas, como os cadastros masculinos não autorizados devem ficar indisponíveis (ainda não ficaram, mas, teoricamente, não é mais necessário solicitar descadastro para que isso ocorra), não estranhe se este “reinado” não durar muito tempo.
Com informações: G1