Xiaomi planeja entrar no Brasil ainda este ano
Fabricante chinesa quer iniciar operações em 10 países em 2014
Fabricante chinesa quer iniciar operações em 10 países em 2014
Há algumas semanas, Hugo Barra, o brasileiro que trabalhou no Android por quase três anos e hoje é vice-presidente global da Xiaomi, conversou com políticos para expandir as operações da fabricante chinesa para o Brasil, sem divulgar muitos detalhes ao público. Na tarde desta quarta-feira (23), em Pequim, a Xiaomi anunciou oficialmente que planeja entrar em nada menos que 10 países este ano, incluindo o nosso.
O anúncio foi feito durante um encontro com jornalistas na capital chinesa, de acordo com o Tech In Asia. Lei Jun, fundador e CEO da Xiaomi, revelou que a empresa pretende iniciar ainda em 2014 suas operações no Brasil, Malásia, Indonésia, Índia, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Rússia, Turquia e México. Recentemente, a fabricante começou a se expandir globalmente e passou a vender smartphones em Singapura.
A notícia chega na mesma semana em que a Xiaomi mudou o endereço de seu site global, de xiaomi.com para simplesmente mi.com — para os curiosos de plantão, o curtíssimo domínio custou 1,3 milhão de reais. Parece uma mudança pequena, mas é importante para fortalecer a marca em países que não falam chinês e combina com os planos de expansão global da empresa. O “Mi” significa “Mobile Internet”.
Um dos motivos do sucesso da Xiaomi na China é o fato da empresa vender smartphones com ótimas especificações por preços baixos. O topo de linha é o Mi 3, com carcaça de liga de magnésio, chip Snapdragon 800 quad-core de 2,3 GHz, 2 GB de RAM, tela IPS de 5 polegadas com resolução 1080p, câmera de 13 MP e bateria de 3.050 mAh. Ele custa apenas 1.999 yuans chineses, ou 718 reais. Galaxy S4 e iPhone 5s, assim como no Brasil, são bem caros e custam mais que o dobro na China.
A Xiaomi está otimista com os planos de expansão e anunciou que sua meta é vender 60 milhões de smartphones em 2014, mais que o triplo das 18,7 milhões de unidades vendidas no ano passado. Se a ideia for vender aparelhos por preços menores que os da concorrência e fortalecer o mercado brasileiro, bem-vinda, Xiaomi.