Google lança projeto grandioso de vídeo com código aberto
Desenvolver um formato de vídeo de alta qualidade e, ao mesmo tempo, disponível abertamente para qualquer um. Esse é o objetivo do Google com o projeto WebM, que foi apresentado hoje, durante o evento Google I/O, em San Francisco. O detalhe é que tradicionais concorrentes da empresa no mercado de navegadores aderiram à ideia: Fundação Mozilla e Opera Software estão entre os envolvidos na ideia.
De acordo com a empresa, os arquivos WebM serão formados de vídeo comprimido com uso do codec VP8, que foi desenvolvido pelo Google e é utilizado em larga escala pelo YouTube. A codificação do áudio ficará por conta do Ogg Vorbis, que também é totalmente gratuito e de código aberto. O container do vídeo será o Matroska, que já é bastante conhecido de quem baixa filmes e séries de 1080p (trata-se do famoso .mkv).
O Google afirma que o benefícios do WebM são a abertura e a inovação. Uma vez que o projeto é gratuito, sem cobrança de royalties e com código disponibilizado por meio de licença BSD, o pessoal de Mountain View espera que a comunidade envolvida no código aberto adote o WebM amplamente.
WebM seria ideal para web porque utilizaria menos recursos de processamento. Com isso, os netbooks, tablets e smartphones – que têm se popularizado nos últimos anos – agradecem.
Um dos problemas que o Google poderá enfrentar, porém, diz respeito justamente ao uso de VP8 como codec do vídeo. Reza a lenda que essa tecnologia seria proprietária e, mesmo fazendo parte de um projeto de código aberto, poderia ser mantida dessa forma.
Várias empresas já apóiam o WebM, dentre as quais destacam-se Adobe, Fundação Mozilla e Opera Software. A Adobe disse hoje que vai incluir suporte ao VP8 no Flash. A Mozilla e a Opera Software já trabalham em versões de seus navegadores que possibilitem o uso do WebM.
Para completar a lista, as seguintes empresas assinam o WebM Project: ARM (fabricante de chips), Brighcove (site de vídeos), Logitech (fabricante de gadgets), Nvidia (fabricante de GPUs), Qualcomm (fabricante de chips) e Skype (ah, você sabe), entre outras.
Apple e Microsoft ainda não deram uma palavra sequer sobre o assunto.
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