Como você já sabe, o Google finalmente obteve autorização para operar seu sistema de buscas na China. Ao menos por enquanto, a empresa mantém a posição de oferecer uma landing page (página de chegada), a partir da qual internautas podem chegar ao Google de Hong Kong, que não precisa passar pela censura que a lei chinesa impõe. Agora é a vez de pensar nos mapas.

O serviço de mapas do Google, pelo menos para mim, torna-se cada vez mais essencial. É com ele que eu descubro os caminhos mais práticos para chegar a determinados pontos da cidade. Na China poderia ser a mesma coisa, mas em vez disso, o governo requer que cada empresa de mapas peça autorização para funcionar no país. Até agora, 23 empresas obtiveram a liberação, mas nenhuma delas é o Google.

O Google se nega a fazer censura, mas somente empresas que concordam em não exibir camadas de informação colaborativa (como Wikipedia) nos mapas, bem como aceitam exibir mapas autorizados pela ditadura chinesa (que colocam como território chinês regiões que são alvos de disputa e controvérsia até hoje).

Google Maps na China.

Curiosamente, o Google mantém um link para o Google.com.hk no Google.cn, mas quem acessa o site supostamente sem censura de Hong Kong e clica no serviço de mapas é levado para o Google Maps chinês, que passa pela censura (e não o de Hong Kong).

Com informações: InformationWeek.

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Thássius Veloso

Thássius Veloso

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Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Na mídia, também atua como comentarista da GloboNews e da CBN, além de ser palestrante, mediador e apresentador de eventos. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na revista Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.