O tablet popular está mais próximo de se tornar uma realidade. A Câmara dos Deputados, num arroubo de discussão produtiva (algo raro), aprovou a medida provisória que zera o PIS e o Confins para os tablets. Portanto, esse tipo de equipamento tende a ficar mais barato, bem a tempo do tão prometido “Natal dos Tablets” do qual o ministro Aloízio Mercadante, de Ciência e Tecnologia, tanto esbraveja.
Em um plenário praticamente vazio, chegou-se à aprovação da MP 534/11 que beneficia os dispositivos eletrônicos popularmente conhecidos como tablet. O Ministério das Comunicações projeta uma redução de 31% no preço dos tablets a partir do momento em que os produtos forem produzidos no Brasil contando com a redução fiscal.
Mas é bom ficar de olho: a decisão da Câmara não é definitiva. Agora a medida provisória segue para o Senado, também em Brasília, onde passa por nova discussão antes de ser aprovada (ou não, mas o mais provável é que seja aprovada).
A MP define o tablet como “máquina de processamento de dados portátil com tela sensível ao toque superior a 140 cm²”.
Por meio de outra medida provisória, o governo havia garantido a redução também no IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e II (Imposto sobre Importação) dos dispositivos do tipo.
Finalmente os nossos políticos se entendem sobre um assunto de total interesse desse povo geek que curte uma tecnologia nova. Ainda existem pontos que precisam ser revistos, como a montagem dos produtos com pelo menos 25% de componentes produzidos no Brasil — nós temos uma indústria capaz de dar conta dessa produção? A pergunta fica em aberto.
Tomara que, no aguardado 25 de dezembro, milhares de pessoas possam desembalar seus presentes e descobrir um belo tablet embalado. Com os dizeres “Produzido no Brasil” na caixa.