Eis um problema comum em todos os gadgets que dependem de bateria no mundo: a energia armazenada na bateria invariavelmente vai acabar. Isso é, enquanto não inventarem um método de gerar energia infinita – para mim, a teoria mais promissora é mesmo a do gato + torrada com manteiga. Ainda assim, pesquisadores estão sempre melhorando a tecnologia das baterias, para que durem mais. E essa semana a área de baterias de íon de lítio recebeu um avanço considerável.
Pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos EUA, liderados pelo professor Harold Kung, anunciaram que desenvolveram duas técnicas para aumentar a capacidade de uma bateria de íon de lítio normal em até dez vezes. E esse aumento de capacidade, por mais incrível que pareça, também veio acompanhado de um tempo de carregamento que é dez vezes menor.
Para conseguir uma maior capacidade eles combinaram dois materiais, carbono e sílica, que fazem com que as baterias comportem mais íons. Já para conseguir um carregamento mais rápido, a equipe perfurou as camadas de grafeno entre os materiais para que os íons pudessem passar mais rapidamente entre uma camada e outra da bateria, diminuindo o tempo necessário para ela ficar cheia.
Como qualquer avanço tecnológico em fases iniciais de teste, esse também tem suas desvantagens. Segundo os pesquisadores, depois de 150 ciclos de carga e descarga da bateria a capacidade dela cai pela metade. Mas considerando que elas entregam dez vezes mais energia do que as atuais, eu diria que essa desvantagem não é tão grande assim.
A estimativa é de que estarão em celulares, tablets e toda a sorte de dispositivos móveis dentro de 3 ou 5 anos. O que é uma pena por que a Apple, por exemplo, está precisando de algo assim para ontem.
Com informações: TechCrunch.
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