Google responde ataques da Microsoft sobre política de privacidade
A resposta veio a galope. Ontem eu comentei por aqui sobre a propaganda que a Microsoft publicou em jornais estadunidenses recomendando que os insatisfeitos com serviços do Google migrem para os da companhia. Ainda na quarta-feira (01/02) um funcionário do Google publicou uma breve resposta para os “mitos” que a publicidade da MS levanta.
“Nossos controles de privacidade não mudaram. Ponto final.” Seguem-se sugestões de como acabar com os rastros do usuário nos mais diversos serviços da empresa, de acordo com o artigo. Esses usuários ainda podem entrar no gerenciamento de preferências de anúncios para verificar exatamente quais dados o Google coletou para apresentar os anúncios mais interessantes (e rentáveis) nas páginas com AdSense.
O Google responde que “ninguém além de você lê o seu email”. Explicação: “assim como a maioria dos grandes provedores de email” há computadores que escaneiam as mensagens para detectar as mensagens de spam e exibir os anúncios que são mais relevantes para o usuário. Em outras palavras, não tem um funcionário do Google que entra em mensagem por mensagem para posicionar propaganda de companhia aérea numa thread do Gmail sobre futura viagem — um sistema automatizado faz isso.
Vários outros produtos do Google são citados na resposta que você lê aqui (em inglês).
Num golpe final a empresa cita o “mito” de que a forma como a Microsoft lida com a privacidade é melhor que a feita pelo Google. “Nós não julgamos sobre as políticas e controles de outrem. […] Microsoft não fornece nenhuma ferramenta para exportar dados ou algo tipo Dashboard para os usuários”, afirma a mensagem, que ainda explica que a política de privacidade da Microsoft determina que “informação coletada por meio de um serviço da Microsoft poderá ser combinada com informação obtida por outros serviços da Microsoft”.
Na semana passada o Google lançou uma nova forma de exportar documentos do Google Docs, bem como dados de outros serviços, para um arquivo ZIP baixável.
Não conheço a política de privacidade da MS, mas se for isso mesmo é o mesmo que a unificação das privacidades do Google a partir de março pressupõe.