Kodak abandona produção de máquinas fotográficas
A Kodak anunciou nesta quinta-feira que até a metade deste ano irá deixar de produzir câmeras fotográficas, filmadoras e porta-retratos digitais. De acordo com a companhia, a decisão é parte de um plano de reestruturação. Acumulando dívidas de US$ 6,75 bilhões, em janeiro a empresa entrou com um pedido de proteção contra a falência nos EUA.
De acordo com a companhia, a decisão de abandonar o mercado de câmeras fotográficas deverá gerar uma perda “significativa” de empregos. Segundo informações da agência de notícias Reuters, “pelo menos” 400 empregados trabalhavam na unidade de Rochester, no estado de NY, com pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados para fotografia.
Em um comunicado oficial, a Kodak afirmou que a saída do mercado de fotografias foi uma “extensão lógica” de seu recente plano de aumentar suas margens de lucro diminuindo sua linha de câmeras e voltando seus esforços para outras áreas.
Atualmente a empresa foca seus maiores investimentos (e esperanças) em serviços para empresas, equipamentos gráficos profissionais e unidades de filmes para estúdios. Para consumidores comuns, conta com uma linha de impressoras domésticas e tem planos de licenciar sua marca para algum outro fabricante a colocar em suas próprias máquinas fotográficas.
Fundada em 1882, foi uma das grandes responsáveis pela popularização da fotografia doméstica e se tornou sinônimo do setor. Nos anos 80 a companhia chegou a empregar 60 mil pessoas, mas em 2010 anunciou que contava com “apenas” 14 mil funcionários.
De acordo com Stephen Baker, analista da empresa NPD, a decisão foi correta: “Abandonar um mercado que enfrenta um rápido declínio nos últimos anos parece ser uma boa ideia”, afirmou à Reuters.