Uma olhada de perto no Zenfone 4
Quarta geração do smartphone da Asus mostra que a empresa realmente evoluiu como fabricante de celulares
Os nomes dos Zenfones ficaram um pouco confusos por causa de uma decisão equivocada da Asus na época do lançamento da família de smartphones, em 2014, quando o tamanho da tela fazia parte do nome do modelo. Por isso, tivemos os Zenfones 4, 5 e 6, depois o Zenfone 2, depois o Zenfone 3 e agora… o Zenfone 4 de novo.
Como o nome sugere, o Zenfone 4 é o smartphone principal da quarta geração de Zenfones, que será lançada no Brasil na próxima semana. Será que vale a pena? Eu já estou testando o aparelho e conto minhas impressões nos próximos minutos.
Em vídeo
Quem é o Zenfone 4
A Asus ficou conhecida por entregar mais hardware pelo mesmo preço da concorrência, e aqui não é diferente. O Zenfone 4 que estou testando tem processador Snapdragon 660, 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento (com possibilidade de expansão). Em outros países, ele também será vendido em uma versão com Snapdragon 630 e 4 GB de RAM; a Asus ainda não confirmou se ela será lançada no mercado brasileiro.
É meio complicado definir a categoria do Zenfone 4. O Snapdragon 630 equipa os chamados intermediários premium, como o Moto X4. Já o Snapdragon 660 é um chip superior, com quatro núcleos Kryo 260 de alto desempenho (2,2 GHz) e outros quatro econômicos (1,8 GHz), além de uma GPU Adreno 512. Na prática, ele entrega performance semelhante a do Snapdragon 820. Intermediário super premium?
O que importa é que o desempenho realmente está muito bom. A alternância entre aplicativos, com 6 GB de RAM, é obviamente rápida — o multitarefa faz um bom trabalho em manter os softwares na memória e, aparentemente, não prejudicar a duração de bateria. Mas é nos jogos que a Adreno 512 faz diferença em relação às GPUs mais básicas: os gráficos não têm serrilhados, são fluidos e apresentam boas texturas.
Design e tela
Quando à tela, o Zenfone 4 tem um painel Super IPS+ de 5,5 polegadas com resolução de 1920×1080 pixels. À primeira vista, é uma tela muito boa, com brilho forte e saturação equilibrada — o Zenfone 3 Zoom, por padrão, tinha um AMOLED com cores estouradas e descalibradas, embora isso pudesse ser ajustado nas configurações do sistema.
E o design é uma espécie de Zenfone 3 evoluído. Ele continua com a traseira de vidro, as bordas de metal e a espessura de 7,7 mm, mas não tem calombo nas câmeras traseiras, está com o leitor de impressões digitais na parte frontal (obrigado, Asus) e possui bordas laterais mais compactas.
Câmera
Nas câmeras, temos uma frontal de 8 megapixels e duas traseiras: uma com sensor de 12 megapixels e lente de abertura f/1,8; outra com sensor de 8 megapixels e grande angular de abertura f/2,2.
Eu ainda não posso comentar muito sobre elas (porque isso está sob embargo e porque eu não analisei as imagens a fundo) mas, em resumo, a câmera principal parece muito boa dentro da categoria do Zenfone 4, enquanto os resultados da grande angular dependem bastante da iluminação do ambiente.
Software
Mas uma das maiores mudanças é provavelmente a interface. Eu sempre fui um grande crítico do software da Asus, seja pelo visual carregado da ZenUI, cheio de cores que não fazem o menor sentido; seja pela quantidade de lixo pré-instalado. Isso está mudando na ZenUI 4.0, que também será liberada para smartphones mais antigos da Asus.
De cara, eu noto que a Asus “limpou” as telas, utilizando bastante branco na interface — seguindo uma tendência adotada também por Samsung e LG, que já tiveram suas fases ruins nas personalizações de Android. O cuidado também surge em alguns detalhes, como nos botões de atalho da central de notificações, que mostram uma animação simples quando são ativados ou desativados.
Além disso, a Asus removeu vários aplicativos que não faziam sentido, como o ZenCircle, uma espécie de cópia do Instagram que ninguém se importava; e alguns aplicativos duplicados, como um navegador secundário. De fábrica, ele vem com a suíte do Google, algumas ferramentas da Asus e o conjunto do Facebook (que inclui Facebook, Messenger e Instagram). Está de bom tamanho.
Conclusão
As primeiras impressões são positivas. O Zenfone 4 mostra que a Asus amadureceu como fabricante de smartphones. Historicamente, a empresa entregava hardware de dar água na boca pelo preço cobrado, mas o software mal feito destruía a experiência, o que parece ter sido resolvido na ZenUI 4.0. As câmeras agradam à primeira vista, o design do aparelho continua elegante, e a tela faz jus ao resto dos componentes.
O review completo sai na semana que vem, com detalhes da qualidade de som, câmera, conectividade, desempenho e mais. O que você quer saber sobre o Zenfone 4?