Celular batom, MP3 com alto-falante e mais: 8 gadgets de videoclipes antigos
Relembre os dispositivos mais curiosos dos anos 2000 que apareceram em clipes de bandas e artistas como Black Eyed Peas, The Pussycat Dolls, David Guetta e mais
Relembre os dispositivos mais curiosos dos anos 2000 que apareceram em clipes de bandas e artistas como Black Eyed Peas, The Pussycat Dolls, David Guetta e mais
Videoclipes musicais cumprem funções não só artísticas, como também comerciais. É comum ver parcerias entre gravadoras e grandes marcas para exibir produtos nos curta-metragens. As gigantes da tecnologia, por sua vez, costumam aproveitar os vídeos para mostrar seus gadgets mais curiosos que, muitas vezes, são grandes inovações, dependendo da época.
Nos anos 2000 e no início da década de 2010, os videoclipes de música pop se tornaram verdadeiras vitrines para marcas como Samsung, Motorola, BlackBerry, Nokia, HP e Renault. Por meio de product placement, as fabricantes exibiam seus maiores lançamentos daquele tempo, na esperança de atrair a atenção de fãs dos artistas.
Alguns desses gadgets antigos eram bastante inusitados, indo desde celulares em formato de batom, até MP3 players com alto-falante embutido e minicarros elétricos de apenas dois lugares. Para relembrar essa época que não volta mais, o Tecnoblog reuniu os oito dispositivos mais curiosos que já apareceram em videoclipes musicais.
Definido pela própria Samsung como uma minicaixa de som, o Samsung YP-K5 foi astro em não apenas um, como em dois videoclipes: Wait a Minute, das Pussycat Dolls; e Fergalicious, da Fergie. Em ambas as produções, as artistas mostram a função inusitada do dispositivo de deslizar a tela para abrir um alto-falante.
Para a época — em 2008 —, ter um MP3 player com uma caixa de som acoplada era uma das maiores inovações. Até então, todos os modelos de tocadores de música exigiam que a pessoa usasse um fone de ouvido. Caso quisesse compartilhar as músicas, era preciso conectar um alto-falante externo ou usar um celular.
Além de tocar músicas, o Samsung YP-K5 tinha rádio FM, tela para exibir fotos e função de alarme. Os botões do aparelho ainda eram digitais na cor azul, o que garantia visual ainda mais futurista. Para os padrões de hoje em dia, a caixa de som do MP3 player é muito básica. Porém, naquela época, era uma verdadeira inovação.
Lançado em 2004, o Motorola E398 aparece logo no início do videoclipe de Let’s Get Started, da banda Black Eyed Peas. Apesar de parecer apenas um celular comum por fora, o aparelho tinha funções exclusivas para amantes de música: alto-falantes 3D em estéreo e o aplicativo Motomixer, que permitia remixar músicas para utilizá-las como toque para chamadas.
Além disso, o modelo ficou marcado como um dos primeiros celulares do mundo a oferecer suporte a cartões microSD de até 1 GB para expansão de armazenamento. O dispositivo ainda contava com MP3 player embutido e luzes que mudavam de cor conforme o ritmo e a intensidade do som reproduzido pelos alto-falantes.
Em 2005, a Motorola relançou o E398 com outro nome: Motorola ROKR E1. Mantendo o formato e a maioria das características tanto internas quanto externas, o celular se destacava por ter integração com o iTunes, da Apple. Graças a isso, era possível armazenar até 100 faixas da plataforma no celular.
No clipe de Dilemma, estrelado pelo rapper Nelly e por Kelly Rowland, a cantora é vista enviando uma mensagem de texto — via planilha do Excel — em um aparelho curioso que misturava celular e pager. Esse dispositivo era o Nokia 9210 Communicator, lançado em junho de 2001 com Symbian OS.
O Nokia 9210 Communicator podia ser usado de duas formas: fechado, como um celular comum, ou com o teclado aberto, como um notebook em miniatura. Nele, era possível enviar mensagens de texto, navegar na internet, utilizar aplicativos para criação de textos, planilhas e apresentações em slides, e até instalar programas desenvolvidos por terceiros.
Apesar de ser engraçado ver Kelly Rowland usando planilhas para enviar mensagens de texto, a cena não é tão errada quanto parece. Isso porque o Nokia 9210 Communicator conseguia enviar e receber Fax — ou seja, Nelly ia receber o texto, sim, porém em uma folha de papel impressa.
Uma das estrelas do videoclipe de Beep, das Pussycat Dolls, o Nokia 7280 ficou conhecido como um dos celulares mais curiosos já inventados, devido ao seu formato de embalagem de batom. Parte da linha Fashion Phone, o aparelho tinha detalhes nas cores branco, preto e vermelho. Quando fechado, sua tela se tornava um espelho.
Lançado em 2004, o Nokia 7280 era mais bonito do que funcional. Além do design nada intuitivo, o aparelho usava uma bateria que só podia ser trocada em pouquíssimas assistências autorizadas da Nokia. Apesar das limitações, o celular batom contava com uma câmera que ficava escondida na carcaça deslizante.
Por não ter teclado físico, todas as funções do celular eram controladas por uma espécie de disco — conhecido como Navi-Spinner —, que ficava na parte central do aparelho. Hoje, o Nokia 7280 é muito raro e deve ser um item de colecionador bastante valioso.
Antes das telas sensíveis ao toque se tornarem populares, a HP lançava a linha de computadores TouchSmart: dispositivos all-in-one que podiam ser usado como desktops ou como tablets. Para divulgar o equipamento, a fabricante o colocou em dois clipes da banda Black Eyed Peas — Boom Boom Pow e a versão completa de Imma Be Rocking That Body.
Apesar do visual futurista que combinava com a temática do grupo liderado pelo rapper will.i.am, os HP TouchSmart não tinham desempenho tão fluido. Inclusive, a primeira versão do computador, lançada em 2007, usava componentes que limitavam a performance, como o processador AMD Turion 64 X2 TL-52 e a placa de vídeo GeForce Go 7600, da Nvidia.
Além das limitações de hardware, os primeiros computadores TouchSmart vinham com Windows Vista instalado. O sistema operacional da Microsoft não oferecia suporte a telas sensíveis ao toque. Somente em 2009, surgiu o modelo TouchSmart 300 com Windows 7, mas ele ainda era bastante confuso de usar.
No videoclipe de By The Way, da banda Red Hot Chilli Peppers, o BlackBerry 950 aparece em diversas cenas. O clássico pager foi um dos primeiros projetos da fabricante canadense Research in Motion. Com seu tradicional teclado QWERTY e tela retroiluminada, o dispositivo era bastante desejado, no início dos anos 2000.
O BlackBerry 950 existia em duas versões: a Exchange Edition, que rodava o serviço de mensagens Microsoft Exchange e se conectava a e-mails corportativos, e a Internet Edition, que podia acessar apenas e-mails pessoais.
Em 2001, executivos das maiores empresas ostentavam seus pagers da BlackBerry. Além de ser bastante útil para enviar e-mails de qualquer lugar, o dispositivo garantia status de pessoa muito importante a qualquer indivíduo que andasse com ele no bolso.
Em 2011, quando os tablets começaram a aparecer no mercado, a BlackBerry não quis ficar atrás de fabricantes como Apple e Samsung. A marca lançou seu próprio dispositivo da linha, o BlackBerry PlayBook, e divulgou o produto em um dos videoclipes de maior sucesso da banda Black Eyed Peas: The Time (Dirty Bit).
O PlayBook era uma resposta direta ao iPad, da Apple, porém mirando em um público diferente. Como diferencial, o tablet da BlackBerry trazia integração com plataformas da Adobe e rodava aplicativos criados no Adobe Air, com suporte ao Flash.
Naquela época, o HTML5 estava se popularizando, e dispositivos como o iPad já haviam abandonado o Flash completamente. A ideia da BlackBerry era permitir que usuários acessassem qualquer site feito para desktop pelo tablet.
Finalizando nossa lista nostálgica, o Renault Twizy foi uma das invenções mais curiosas dos anos 2000. Seu conceito foi apresentado no Motor Show de Frankfurt, em 2009, mas o minicarro elétrico só chamou atenção do público quando apareceu no clipe de The Alphabeat, do músico e produtor David Guetta.
Com apenas dois alugares — um para o motorista e outro para o passageiro —, o Renault Twizy é um veículo ultracompacto que alcança velocidades de até 45 ou 80 quilômetros por hora, dependendo do modelo. Segundo a montadora, a bateria do carro dura até 80 quilômetros e pode ser carregada em tomadas domésticas.
No clipe de The Alphabeat, o Renault Twizy é a grande estrela. David Guetta e outras dezenas de pessoas aparecem dirigindo o carro até um posto de recarga no meio de uma cidade. O que poucas pessoas sabem é que a energia usada para carregar os veículos era gerada pela vibração do público que estava curtindo o som do DJ.
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