Uh-Oh! O ICQ não está de volta: ele sempre esteve aí, mas ninguém se importava
Uh-Oh! Lembra daquele saudoso alerta que o ICQ tocava quando você recebia uma nova mensagem? Hoje de manhã fomos surpreendidos com as notícias de que o ICQ, mensageiro instantâneo que surgiu em 1996 e fez muito sucesso no início da década passada, está de volta. Como assim? Ele ressurgiu das cinzas? Não, não é nada disso. Na verdade, o ICQ nunca morreu.
O ICQ atualizou recentemente seus aplicativos para Android e iOS, e isso só foi recebido com surpresa no Brasil porque as pessoas não lembravam que ele ainda existia. O mensageiro possui aplicativos para as duas plataformas há anos e estava presente no morto Windows Mobile desde 2009. Também havia um aplicativo em Java, feito para celulares mais simples, que (olha só!) tinha integração com o chat do Facebook.
Apesar de não ter chegado tarde nos smartphones, ele não conseguiu pegar a onda de aplicativos como o WhatsApp: a Mail.Ru, atual dona do ICQ, afirma em um relatório que o mensageiro possuía 11 milhões de usuários ativos mensais em dezembro de 2013, bem pouco para um serviço que havia atingido a marca de 100 milhões de contas em 2001, quando o ICQ ainda era da America Online. Um dos poucos países onde o ICQ ainda é relevante é a Rússia, onde há inclusive vendas de UINs.
E o que o ICQ tem de bom? Basicamente, tudo o que os outros mensageiros já têm: você pode enviar mensagens de texto para seus contatos, e é possível anexar fotos ou mensagens de voz. Também dá para fazer uma chamada em vídeo. Um recurso interessante é a possibilidade de enviar SMS grátis, mas, como informa o próprio ICQ, isso só funciona com algumas operadoras da Rússia, Cazaquistão, Uzbequistão e mais alguns países.
Em 2012, lemos notícias de que o ICQ estava de volta. Em 2014, estamos dizendo novamente que o ICQ está de volta. Se tudo correr como manda o roteiro, o ICQ será novamente esquecido na semana que vem, receberá uma versão nova em 2016 para tentar reconquistar sua relevância em outros países longe da Rússia e, novamente, todos falaremos sobre a “volta” do ICQ.