Uma olhada no YouTube Music: o serviço de videoclipes do Google vale a pena?
Fui descobrir o que o YouTube Music tem a oferecer em relação aos outros serviços de música
Fui descobrir o que o YouTube Music tem a oferecer em relação aos outros serviços de música
Não sei se todos concordam com isso, mas acredito que música seja parte fundamental da nossa existência. Em diversas situações, a música é a trilha sonora da nossa vida, seja você capaz de escutar suas melodias ou apenas de sentir sua vibração.
Do fator psicológico ao social, ela chega a ser capaz de impactar nossa saúde e mudar nossa forma de assimilar a realidade da qual fazemos parte. Inclusive do ponto de vista científico.
Pois estava eu lá tentando melhorar um dia ruim, assistindo a clipes de artistas que eu gosto no YouTube. Eis que pula uma mensagem me sugerindo testar o novo aplicativo do YouTube Music, que fica ainda mais interessante quando parte do YouTube Red.
Não vou entrar em detalhes sobre a parte técnica do software, já falamos sobre isso em alguns posts aqui do Tecnoblog. O foco aqui será a experiência de usuário.
Bem, a exemplo do YouTube Gaming, trata-se na verdade de uma interface do YouTube que exibe vídeos dentro de uma temática, com algumas ferramentas adicionais.
A interface principal nos apresenta três menus principais: Home, com sugestões pautadas em seu gosto; YouTube Music today, que traz vídeos que são populares no momento; e a área com seus likes, tanto em listas quanto em músicas individuais.
Existe, portanto, uma curadoria automatizada para te oferecer vídeos dentro de “estações” que podem te agradar, baseada no seu histórico de visualizações e curtidas.
Correndo o risco de chover no molhado aqui, ainda me sinto obrigado a dizer: é preciso que fique claro que o YouTube Music difere dos players tradicionais de música em seu núcleo fundamental, uma vez que o programa cria playlist de vídeos, não de músicas.
Portanto, foge de qualquer propósito compará-lo a nomes como Spotify, Apple Music ou Google Play Music. Não faz sentido. O objetivo do YouTube Music é bem mais te proporcionar uma experiência musical a partir do que já existe no YouTube que ser um tocador de música propriamente dito.
Imagine usá-lo quando você quiser acompanhar letras das músicas, ou quando quiser deixar clipes rolando na TV da sala durante uma festa, por exemplo.
Falando agora do que move o YouTube Music e de suas ferramentas, a nova função que permite manter o streaming em andamento mesmo com o app minimizado é provavelmente o recurso mais legal aqui. Funciona tanto dentro do YouTube Music, enquanto você navega entre suas músicas, como também em relação às janelas de outros aplicativos. E funciona muito bem.
Com isso em mente, resolvi tentar personalizar ainda mais essa usabilidade e gostei do que encontrei. É possível, por exemplo, alterar a variedade de vídeos de uma determinada estação, que pelo que eu entendi aumenta ou diminui a similaridade entre os títulos de cada uma dessas listas.
Outra coisa muito legal são as mixtapes offline. Então… meio bizarro esse negócio de mixtape, que é um termo que remete às fitas cassete que a gente gravava quando era adolescente pra dar de presente pra alguém. O filme Alta Fidelidade retrata muito bem esse costume da gente que nasceu antes dos anos 90.
Infelizmente o aplicativo não tem nenhuma referência à fita cassete. Deveria, pelo bem do saudosismo envolvido. Mentira.
A função “Offline mixtape”, que está intrínsecamente ligada ao YouTube Red, permite salvar até 100 músicas (ou 400 MB de arquivos, o que acontecer primeiro) na unidade de armazenamento interno do smartphone. Assim você pode ouvir e/ou assistir (dependendo das suas opções de mídia) as músicas sempre que quiser, mesmo quando desconectado da Internet.
Gostei bastante do YouTube Music. Ele é relativamente preciso ao te sugerir músicas, reúne seus clipes preferidos numa interface única (fãs do programa The Voice vão adorar isso) e tem uma usabilidade bacana. Com algumas pequenas falhas, é verdade:
Continuo testando aqui o #YouTubeMusic e, bem, ele não toca só música não…
Mas isso deve ser filtrado em breve. pic.twitter.com/2d9I8dCsl2— TOAD (@toadgeek) March 12, 2016
Mas não vejo ele se tornando algo que vá causar furor entre os usuários em geral. É mais um daqueles apps úteis, que é sempre bom de se ter instalado no celular por via das dúvidas. E que fica ainda melhor quando joga junto ao YouTube Red. Vale a pena usar sem a assinatura premium do Google? Sinceramente, eu diria que não.