Netflix

A Netflix tem 119 milhões de assinantes ao redor do mundo, e suas séries fazem parte da cultura pop há alguns anos. No entanto, os filmes originais da plataforma nem sempre têm o mesmo impacto.

Pior: a organização do Festival de Cannes deixou de aceitar filmes que não estrearam nos cinemas da França, efetivamente barrando serviços de streaming.

Os filmes da Netflix podem concorrer ao Oscar, porém teriam mais chances se fossem exibidos na tela grande. Por isso, segundo o Los Angeles Times, a empresa tentou comprar uma rede pequena de cinemas nos EUA.

Executivos consideraram comprar a Landmark Theatres, com sede em Los Angeles. Ela pertence, em parte, ao empreendedor Mark Cuban; e tem 53 cinemas com 255 salas em 27 cidades nos EUA, incluindo Nova York, San Francisco e LA.

No fim, a Netflix decidiu não fazer um acordo porque o preço de venda da Landmark era alto demais. Mas isso poderia resolver alguns problemas para o serviço de streaming.

Seus filmes são barrados por grandes cadeias de cinema, como AMC, Cinemark e Cineplex, porque fazem estreia simultânea na internet. Ao comprar salas próprias, a Netflix poderia driblar esse problema.

A chance de ganhar um Oscar também aumenta: “para ser considerado nas premiações, eles precisam ser capazes de divulgar os filmes nas telas dos principais mercados”, diz uma fonte ao LATimes. Isso também poderia atrair cineastas mais prestigiados, que querem ver seus filmes sendo exibidos em cinemas.

O analista Eric Handler lembra que a Netflix “decolou quando alguns de seus títulos originais foram indicados para o Emmy. Isso deu credibilidade ao que eles estão fazendo. Se eles puderem fazer isso para mais premiações, isso pode elevar um pouco a plataforma”.

A Netflix deve gastar até US$ 8 bilhões este ano em conteúdo original. Ela terá um total de 700 séries, especiais e filmes originais em 2018.

Com informações: Los Angeles Times.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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