EUA restringem uso de aplicativos fitness em áreas militares
O Departamento de Defesa americano quer impedir vazamento de dados por aplicativos fitness como o Strava
Alguns dos aplicativos fitness mais populares do mundo têm causado problemas de privacidade. Há alguns meses, o Strava revelou o trajeto feito por militares em exercícios e, consequentemente, indicou o local de várias bases secretas.
Agora, o governo dos Estados Unidos quer acabar com essa situação. Para isso, proibiu militares e outros funcionários do Departamento de Defesa de usarem dispositivos que possam indicar a localização de áreas operacionais.
Segundo o Endgadget, os militares ainda poderão usar os aplicativos e as pulseiras, mas deverão limitar as ferramentas de geolocalização quando estiveram em áreas de risco.
“Não queremos dar ao inimigo nenhuma vantagem”, disse o coronel do Exército americano, Rob Manning, na segunda-feira (6). “Esse é um passo necessário para garantir a segurança do nosso pessoal”.
A ordem oficial foi transmitida por meio de um memorando publicado na sexta-feira (3) pelo secretário adjunto de Defesa, Patrick Shanahan.
“A rápida evolução do mercado de dispositivos, aplicações e serviços com recursos de geolocalização apresentam um risco significativo para o pessoal do Departamento de Defesa dentro e fora de serviço e para nossas operações militares globalmente”, afirma o documento.
O Departamento de Defesa mostrou receio com a possibilidade de exposição de dados pessoais, da localização, de rotinas e outras informações de sua equipe. Segundo o órgão, isso pode “potencialmente criar consequências de segurança indesejadas e aumentar o risco para a força conjunta”.
A decisão vale tanto para bases em países como Afeganistão, Iraque e Síria, quanto para as presentes no Leste Europeu e na África. No entanto, os comandantes do Exército poderão criar exceções em áreas consideradas de baixo risco.
Apesar da proibição, ainda não há uma punição específica para quem manter a geolocalização ativada em aplicativos e pulseiras fitness. Segundo Manning, os comandantes terão certa liberdade para determinarem quais ações serão tomadas.
Com informações: Associated Press, Gizmodo.