Não é fácil enganar o leitor de digitais do Samsung Galaxy S10

Enganar o leitor exigiu conhecimento em software de edição de imagens, modelagem 3D e impressora 3D de alta definição.

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Samsung Galaxy S10+ biometria

Um pesquisador de segurança que tem o nome de darkshark9 conseguiu enganar o leitor de impressões digitais que está dentro da tela do Galaxy S10. O problema é que isso envolveu uma impressora 3D, três tentativas fracassadas e algum conhecimento em software de edição de imagens. Deu trabalho, não foi fácil, mas funcionou.

Leitura de impressões digitais ainda é uma das mais formas mais seguras de autenticação do usuário, já que reconhecimento facial é facilmente enganado com uma foto do dono do aparelho. O Galaxy S10 melhorou ainda mais este recurso, já que o sensor não é mais ótico e agora trabalha com tecnologia que cria uma versão tridimensional da digital do usuário. No lugar de apenas ver o desenho da digital, o S10 consegue tomar nota dos poros e até da altura que a impressão digital tem.

Mais seguro? Sim, só que com algum trabalho é possível burlar toda a tecnologia. O pesquisador utilizou uma foto da impressão digital que estava em um copo de vinho, para depois inserir a imagem no Photoshop para criar uma máscara, levou o resultado para o programa 3ds Max, que transformou a máscara em informação 3D.

O modelo criado foi então entregue para uma impressora 3D, que fez o trabalho de desenhar a geometria da digital do pesquisador em uma espécie de placa. A última parte levou 13 minutos e o resultado foi do S10 desbloqueando o aparelho em todas as tentativas após o primeiro sucesso. Deu certo.

É motivo para alarde? Não, mas isso depende de quem você é e do interesse da pessoa em coletar informações pessoais ou que são importantes. Dá muito trabalho, exige uma impressora 3D de alta definição, o material correto para a impressão e conhecimento de software para transformar a marca num copo em uma placa com sua impressão digital.

Se você não é um alto executivo, ou algo do tipo, certamente um ladrão não combinará tanto conhecimento específico e tanto empenho neste trabalho.

Com informações: The Verge.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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