Bradesco lança seguro Pix para indenizar por transações indevidas
"Seguro Proteção Digital" do Bradesco vai cobrir transações indevidas via Pix, TED e DOC realizadas sob coação ou em caso de roubo, furto ou perda de celular
O Bradesco lançou nesta segunda-feira (25) seu novo “Seguro Proteção Digital”, voltado para a cobertura de transações indevidas feitas por terceiros, no aplicativo do banco após a perda, furto e roubo do aparelho celular do segurado ou sob coação. A instituição promete indenizações em caso de transferências via Pix, TED e DOC. O serviço oferece três opções de planos a partir de R$ 8,99 mensais e com limites começando em R$ 20 mil.
Conforme explica a página do novo seguro no site do Bradesco, a contratação poderá ser feita através do app do banco e estará disponível para todos os correntistas. Não há uma carência para o serviço, mas a proteção só é a partir das 24 horas após o primeiro pagamento.
O documento de condições gerais do Seguro Proteção Digital revela que são aplicados limites de indenização por ocorrência e um teto anual equivalente a duas vezes o limite estipulado no contrato.
Correntistas que contratarem o seguro poderão acionar a proteção em caso de transações indevidas feitas por terceiros após perda, furto ou roubo do celular, além de coação do cliente. O serviço cobre transferências via Pix, TED e DOC, pagamentos de boletos não autorizados e recargas de celular. O Bradesco destaca que o aparelho do segurado não entra na cobertura.
O Bradesco oferece três opções de planos: Classic, Exclusive e Prime. Os custos mensais são de R$ 8,99, R$ 11,99 e R$ 15,99, respectivamente. Os limites de indenizações variam de acordo com o plano e com o tipo de ocorrência coberta.
Para transações (TED, DOC e Pix), os limites aplicados são:
- Classic: R$ 20 mil
- Exclusive: R$ 35 mil
- Prime: R$ 50 mil
Já para pagamentos de boletos e recargas de celulares esses valores são:
- Classic: R$ 3.500
- Exclusive: R$ 3.500
- Prime: R$ 10 mil
Santander e Mercado Pago também lançam seguro Pix
Dado o aumento de crimes envolvendo o Pix no Brasil, seguros para transações indevidas começaram a ser lançados por instituições financeiras. A empresa de cibersegurança Kaspersky revelou em agosto que bloqueou mais de 22 milhões de tentativas de phishing desde a estreia do Pix. Além disso, 81% das denúncias de golpe usavam nomes de instituições financeiras.
O Santander anunciou na semana passada o lançamento de seu “Seguro Transações”, que cobre transações indevidas feitas através do Pix, DOC, TED e TEF sob coação, mas não em caso de perda, roubo ou furto do aparelho celular. Os planos são de R$ 9,99, R$ 18,99 ou R$ 24,99. Cada uma dessas opções garante limites anuais de indenização diferentes, de R$ 3,5 mil, R$ 8 mil e R$ 20 mil, respectivamente.
O Mercado Pago foi o primeiro a anunciar um serviço do tipo neste mês. A instituição financeira revelou que vai oferecer dois planos de seguro que incluem somente transações feitas via Pix e sob coação e ameaça física. O primeiro custa R$ 3,50 mensais e protege o cliente de perdas de até R$ 5 mil por mês. O Segundo custa R$ 5 mensais, mas indeniza até R$ 10 mil. Esses limites são mensais, e não anuais como o do Santander, mas o serviço do Mercado Pago cobre somente transações via Pix realizadas sob coação e ameaça física.
Vale destacar que nenhum dos três seguros para transações indevidas protegem o cliente dos famosos golpes do Pix, geralmente realizados através de mensagens e ligações. Esses serviços incluem em sua cobertura situações em que há coação, então se o segurado for enganado em uma dessas fraudes e golpes a proteção não será acionada.