Elon Musk quer novo serviço pago no Twitter e 100 milhões de assinantes até 2028

Elon Musk pretende atingir 931 milhões de usuários nos próximos seis anos e aumentar a renda do Twitter em cinco vezes com serviços de assinatura

Bruno Ignacio
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Elon Musk (Imagem: Peter Tsai/Flickr)

Desde que Elon Musk fechou o acordo de compra com o Twitter, muitas mudanças estão sendo discutidas para a rede social. Agora, mais planos foram revelados. Informações recentes indicam que ele pretende mais que quadruplicar os usuários da plataforma até 2028, enquanto também quer conseguir cerca de 104 milhões de assinaturas pagas em um novo serviço ainda não especificado.

O New York Times obteve uma cópia do que foi discutido em mais uma reunião com investidores. Para obter o financiamento que precisa para adquirir a companhia, Musk indicou que pretende aumentar os usuários mensais do Twitter dos 217 milhões que tinha no final de 2021 para quase 600 milhões em 2025 e 931 milhões até 2028. Ou seja, ele quer mais que quadruplicar os números atuais dentro de apenas seis anos.

Além disso, o CEO da Tesla e SpaceX precisa aumentar a renda da plataforma para garantir que conseguirá pagar um dos empréstimos bilionários que conseguiu. Para isso, Musk disse que quer ter 104 milhões de assinantes pagos em um novo serviço premium da rede social, atualmente somente mencionado como “X”.

Não há mais detalhes do que ele poderia ser, mas o bilionário já vinha falando em oferecer ao usuário uma experiência totalmente livre de anúncios na plataforma. Além disso, Musk já chegou a compartilhar ideias para remodelar o atual Twitter Blue em outras apresentações do tipo.

Musk quer diversificar fontes de renda do Twitter

O bilionário mostrou também que possui planos ousados referentes as metas de arrecadação da plataforma. Segundo Musk, o Twitter pode quintuplicar sua renda anual para mais de US$ 26 bilhões até 2028, objetivo ambicioso, especialmente quando consideramos os US$ 5 bilhões que a companhia faturou no ano passado.

Atualmente, a publicidade representa aproximadamente 90% de toda a renda do Twitter, e é assim que a empresa consegue ganhar dinheiro. Por isso, o novo dono da plataforma pretende diversificar as fontes de renda e reduzir a dependência de anúncios para 45% nos próximos seis anos. Para isso, Musk planeja conseguir anualmente cerca de US$ 12 bilhões em publicidade e US$ 10 bilhões de usuários pagantes em 2028.

Logotipo do Twitter
Twitter (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Naturalmente, seus planos são inviáveis sem grandes reformas na estrutura financeira do Twitter. O primeiro passo seria conseguir atrair milhões de assinaturas. Musk prevê 69 milhões de assinantes do Twitter Blue até 2025 e 159 milhões até 2028, além dos 104 milhões de usuários pagantes no novo serviço de codinome “X”.

Atualmente, o plano premium da rede social custa US$ 3 por mês. Nos EUA, o serviço pago deu as caras em junho do ano passado e oferece vantagens como notícias sem anúncios, a capacidade de desfazer o envio de um tweet e de se colocar um NFT como foto de perfil, por exemplo.

As ideias de Musk para gerar renda não param por aí. Ele vê potencial para que o Twitter cresça no setor de pagamentos. Para esse possível projeto, ele espera uma arrecadação mais modesta no curto prazo, de US$ 15 milhões em 2023, com um crescimento estimado para cerca de US$ 1,3 bilhão até 2028. Atualmente, a companhia oferece recursos bem limitados de compras e gorjetas para criadores de conteúdo.

As informações obtidas pelo New York Times não contém mais detalhes sobre os planos ambiciosos de Elon Musk. Podemos esperar que eles só sejam efetivamente revelados após a aquisição da rede social ser concluída no segundo semestre de 2022.

Vale destacar também que as apresentações do bilionário para investidores refletem apenas suas expectativas pessoais, mas não a real viabilidade de implementação de tudo que ele planeja para o Twitter.

Com informações: New York Times

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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