Apple garante que pulseiras do Apple Watch são seguras

Ação civil acusa Apple de usar PFAS, composto químico perigoso à saúde, em pulseiras. Big tech defende que não há riscos em usar relógios

Felipe Freitas
• Atualizado hoje às 12:00
Resumo
  • A Apple afirma que as pulseiras do Apple Watch são seguras para a saúde, mesmo com a possível utilização de PFAS em sua fabricação.
  • A empresa enfrenta uma ação civil devido ao uso do composto químico nas pulseiras, considerado perigoso à saúde.
  • O PFAS, presente em produtos de diversas marcas, está associado a riscos como câncer e problemas na tireoide, embora poucos estudos indiquem sua absorção pela pele.
  • Em 2022, a Apple divulgou um documento no qual reafirma seu compromisso em eliminar o PFAS de seus produtos, embora alegue que o processo é demorado.

A Apple se pronunciou sobre o suposto uso do composto químico PFAS nas pulseiras dos seus Apple Watch. Segundo a big tech, as pulseiras são completamente seguras para a saúde humana, mesmo que o composto químico seja tóxico. A empresa virou alvo de uma ação civil nesta semana pelo uso do material na fabricação dos acessórios.

O processo ainda será avaliado por um juiz, que decidirá se a ação será aceita ou não. No documento, os autores alegam que a Apple induz os clientes a acreditar que seus produtos são seguros para o uso diário. Consumidores nos Estados Unidos que compraram os modelos Sport, Nike Sport ou Ocean das pulseiras do Apple Watch podem ingressar na ação.

O que diz a Apple sobre o caso?

Em comunicado sobre o caso, a Apple garante que as suas pulseiras são seguras para o uso. A big tech explica que realiza testes próprios para garantir essa segurança, além de trabalhar com laboratórios independentes que avaliam os materiais usados em seus produtos.

Em 2022, a Apple já havia publicado um documento no qual afirma estar comprometida em remover completamente o uso de PFAS em seus produtos. Contudo, a empresa destaca que esse processo é demorado.

Por que há uma preocupação no uso do PFAS nas pulseiras de smartwatches?

No fim de 2024, um estudo da Universidade de Notre Dame revelou que Apple, Fitbit, Samsung e outras fabricantes utilizam PFAS na fabricação das suas pulseiras. Entre a repercussão do estudo estava a possibilidade da abertura de um processo contra as fabricantes por possíveis riscos à saúde.

O PFAS é considerado um “químico eterno“, nome dado aos compostos que são difíceis de quebrar ou degradar. Por isso, a sua inserção no meio ambiente e em seres vivos é um risco. Estudos apontam que o PFAS está relacionado com alguns tipos de câncer, problemas na tireoide e riscos na gravidez, afetando a saúde do feto.

Contudo, há poucos estudos sobre a absorção do PFAS pela pele através do suor. Esse fato pode ser levado em conta pelo juiz na hora de aprovar ou negar a ação civil contra a Apple — até o momento, Samsung e Fitbit não foram alvo de processos similares.

Com informações de MacRumors e Android Authority

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Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.