Apple supera US$ 100 bilhões em receita trimestral e bate recorde histórico

Apesar dos atrasos provocados pela pandemia de COVID-19, os iPhones representaram US$ 65 bilhões da receita do trimestre

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
iPhone 12 Pro Max usa Deep Fusion para melhorar qualidade das fotos (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
iPhone 12 Pro Max (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

A Apple acaba de divulgar seus resultados financeiros referentes ao último trimestre de 2020 – e vai muito bem, obrigada. O relatório mostra uma receita gerada de US$ 111,4 bilhões, com lucro por ação de US$ 1,68. Trata-se de uma marca nunca antes atingida pela empresa.

Os números são ainda mais impressionantes ao considerarmos o contexto: um ano marcado pelos efeitos econômicos da pandemia da COVID-19, que ainda atrasou o lançamento da nova safra de iPhones em um mês.

A série iPhone 12 não trouxe nada muito extraordinário em termos de inovação, apenas uma mudança sutil no design e uma nova variante “Mini”, que nem fez todo o sucesso que esperávamos. É claro: são os primeiros modelos da Apple compatíveis com 5G (o que pode não parecer muito empolgante para nós, brasileiros, mas já é algo para ficar de olho lá fora). A linha foi responsável por um aumento de 57% nas vendas na China.

No geral, o segmento de smartphones correspondeu a US$ 65 bilhões do resultado trimestral da empresa – também ultrapassando a maior marca já registrada pela Apple com seus celulares (US$ 61,58 bilhões, após o lançamento do iPhone X, em 2017).

Macs e iPads em alta devido ao avanço do trabalho remoto

O relatório também revela uma super alta nas vendas de computadores e tablets. Especialmente em países como os Estados Unidos, os Macs e iPads foram algumas das principais opções buscadas para suprir as demandas do trabalho remoto e ensino à distância. O crescimento foi de 41% ano contra ano, para iPads, e de 21% para Macs.

MacBook Pro (2020) com Apple M1 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

MacBook Pro (2020) com Apple M1 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

No último trimestre de 2020, a Apple apresentou seus novos Macs com processadores próprios, os chips M1 – aqui, sim, marcando o início de uma grande revolução no setor, em detrimento dos chips Intel.

Mais de 1 bilhão de iPhones ativos

De acordo com o CEO Tim Cook, o trimestre que se encerrou em dezembro registrou mais de 1,65 bilhão de dispositivos da marca em atividade no mundo todo – número impulsionado especialmente pelos iPhones, com mais de 1 bilhão de unidades sendo utilizadas.

O setor de wearables, por sua vez, deu um salto de 30% contra o último tri de 2019, marcando o sucesso em vendas dos AirPods, AirPods Pro e do Apple Watch.

Crescimento vai além de hardware

A Apple também obteve sucesso em seu setor de serviços, registrando um crescimento de 24% contra 2019. Em setembro de 2020, a empresa apresentou o Apple Fitness Plus, um programa que oferece orientações de treinos semanais por US$ 9,99, em uma experiência que integra o Apple Watch ao iPhone/iPad/Apple TV.

Além disso, esse segmento é composto pelas plataformas de streaming de vídeo e de música, pelo serviço de armazenamento em nuvem, e pelas vendas na App Store. No total, o setor de serviços da Apple obteve receita de US$ 15,76 bilhões, superando a projeção de analistas, que era de US$ 14,8 bilhões.

Com informações: AppleThe Verge

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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