Apple proíbe termos “AR” e “VR” nos apps para Vision Pro

Big tech não quer que o Apple Vision Pro seja rotulado com qualquer termo popular de realidade virtual, chamá-lo de “headset” também não pode

Felipe Freitas

A Apple proibiu que os desenvolvedores de aplicativos para o Apple Vision Pro utilizem termos relacionados a AR, VR, MR ou XR nos nomes dos softwares. Em vez disso, os devs devem utilizar o termo “spatial computing” (computação espacial, tradução direta). A exigência está relacionada com o posicionamento que a Apple escolheu para o produto, cujas vendas começam no dia 2 de fevereiro.

As siglas citadas no parágrafo anterior se referem, respectivamente, aos conceitos realidade aumentada, realidade virtual, realidade mista e realidade estendida escritos na língua inglesa. Outras empresas costumam usar esses termos em seus produtos, como é o caso da Meta e o headset Quest, vendido com um produto de VR, e da Microsoft com seu Hololens, anunciado como headset para MR.

“Apple Vision Pro, não se misture com essa gentalha”

Apple Vision Pro - WWDC 23 (Imagem: Divulgação/Apple)
Apple tem algumas exigências para os desenvolvedores de apps no visionOS (Imagem: Divulgação/Apple)

Ao praticamente impedir que os devs usem termos de realidade virtual e derivados na App Store, a Apple indica que o Apple Vision Pro é um produto que não está nesse segmento, mas sim em uma área separada da qual a big tech está “inovando”. Contudo, no próprio anúncio do Apple Vision Pro, o CEO da empresa Tim Cook o chamou de “plataforma de AR” — e o headset seguirá competindo com o Hololens e Quest.

Outra exigência é que o nome do sistema operacional, visionOS, é sempre escrito com v minúsculo, mesmo que a palavra apareça no início da frase. Aqui temos a Apple reforçando a tradição de ter as marcas de seu SO começando com letras minúsculas: iOS, iPadOS, watchOS, tvOS e macOS.

Na página das diretrizes para os devs, a Apple destaca que não é para se referir ao Apple Vision Pro genericamente como “headset” (ops). O nome também não pode ser quebrado em duas linhas na descrição do aplicativo. E se não ficou claro neste texto, não esqueça: o nome é Apple Vision Pro. Nada de “Vision Pro”.

Com informações: TechRadar e AndroidHeadlines

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.