Banda larga no Brasil tem velocidade média de 24,62 Mb/s, diz Anatel
Valor do megabit por segundo caiu 83% se comparado com 2010, segundo estudo da Anatel
Valor do megabit por segundo caiu 83% se comparado com 2010, segundo estudo da Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta segunda-feira (25) um relatório de acompanhamento do setor de banda larga fixa no Brasil. O extenso estudo informa que a velocidade média contratada no país é de 24,62 Mb/s; além disso, o preço médio do megabit por segundo caiu 83% nos últimos oito anos. No entanto, um terço dos municípios brasileiros ainda não são cobertos por fibra óptica.
O estado com a maior velocidade média é São Paulo, com 30,39 Mb/s, seguido do Distrito Federal, com 27,61 Mb/s; e do Ceará, com 27,23 Mb/s. Enquanto isso, o estado com pior média é Roraima, com 7,88 Mb/s, que fica atrás do Amapá, presente na 26ª posição com 8,70 Mb/s. Todos os outros estados têm velocidade de pelo menos dois dígitos.
No Brasil como um todo, a Anatel registra que uma a cada quatro conexões é de “ultra banda larga”, ou seja, acima de 34 Mb/s. No entanto, ainda há diversos usuários com velocidades abaixo de 2 Mb/s. Confira as proporções abaixo:
A média contratada é de 24,62 Mb/s, valor que está muito próximo dos 23,6 Mb/s divulgados pela Ookla no ranking de internet fixa do país.
As velocidades foram bem mais altas comparando com anos anteriores, e isso foi possível com a queda do preço do megabit por segundo. Em 2010, 1 Mb/s custava em torno de R$ 21,20; enquanto isso, em 2018, o valor médio entre as operadoras foi de R$ 3,50, o que representa uma queda de 83%.
Essa queda nos preços é totalmente esperada, por se tratar de um serviço que passou a ter velocidades maiores ao longo do tempo. Além disso, é claro, temos as economias de escala: quanto mais pessoas usam o serviço, menor é o custo médio.
A Anatel também calcula o valor médio de 1 Mb/s para cada operadora na banda larga fixa. Confira os números:
A fibra óptica é fundamental para a conectividade nas cidades, mesmo que ela não seja a tecnologia utilizada para última milha na casa do cliente. O relatório aponta que 35,6% dos municípios brasileiros ainda não possuem conectividade com fibra.
A situação é mais grave no Piauí, onde apenas 17,9% dos municípios possuem fibra, seguido pelo Amazonas (37,1%) e Paraíba (39,5%). Enquanto isso, o Distrito Federal possui 100% das cidades fibradas, assim como três estados — Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O estado de São Paulo figura no 5º lugar com 90,5%.
A empresa com maior nível de satisfação geral foi a Copel, companhia do Paraná, que teve nota no índice de satisfação de 8,35. Das grandes operadoras, a TIM é quem possui a melhor avaliação — com nota de 7,24 e no 1º lugar em 2 estados — seguida pela NET, com nota 6,62 e melhor avaliação em 19 estados.
A Vivo registrou nota de 6,48 e atingiu a melhor nota em 13 estados, enquanto a Oi recebeu e 5,88 e foi considerada a melhor operadora em 5 estados. A Sky teve a pior nota, de 5,87. Considerando também outras operadoras menores, a nota média brasileira foi de 6,43.
O relatório completo está disponível ao público no site da Anatel.