China ❤️ Apple: iPhone fica em 1º lugar nas vendas e supera Xiaomi

Com o iPhone, Apple assume a liderança do mercado de celulares chinês no quarto trimestre de 2021; Xiaomi aparece no quinto lugar

Bruno Gall De Blasi

Xiaomi pode ser chinesa, mas isto não significa que a marca é a número um do seu país. De acordo com um levantamento da Counterpoint Research, o iPhone assumiu a liderança do mercado de celulares da China no quarto trimestre de 2021. A Apple ainda dividiu o pódio com outras fabricantes da região: Vivo e Oppo. 

O relatório demonstra as marcas que se destacaram no mercado chinês. A liderança pertence à Apple depois que abocanhou uma fatia de 23% no 4º trimestre de 2021, um aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2020. Quando comparado ao terceiro trimestre de 2021, o crescimento é ainda mais surpreendente: 79%.

O analista Mengmeng Zhang explicou que o crescimento depois da estreia do iPhone 13 combinou a estratégia de preços da Apple e o ganho da base premium da Huawei. “O novo iPhone 13 liderou com sucesso devido a um preço inicial relativamente mais baixo em seu lançamento na China, bem como à nova câmera e ao 5G”, disse.

Confira os resultados do levantamento da Counterpoint Research a seguir:

Fabricante4º tri/20204º tri/2021Crescimento anualCrescimento entre trimestres
1) Apple16%23%+32%+79%
2) Vivo18%19%-6%-21%
3) Oppo (incluindo OnePlus)17%17%-6%-18%
4) Honor9%15%+50%-4%
5) Xiaomi12%13%+2%-8%
6) Huawei23%7%-73%-10%
7) Realme1%3%+83%-34%
Fonte: Counterpoint Research

A Apple, porém, não está na liderança no consolidado do ano. As primeiras colocações foram destinadas à Vivo, Oppo (incluindo a OnePlus) e ao iPhone, com market share de 22%, 21% e 16%, respectivamente. De janeiro a dezembro de 2021, a Xiaomi alcançou o quarto lugar após crescer 40% em relação ao período homólogo.

Xiaomi aparece na quinta colocação do ranking (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi aparece na quinta colocação do ranking (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Apple: iPhone alcança liderança no mercado chinês

Esta é a primeira vez que a Apple alcança a liderança no mercado chinês em seis anos. Com o crescimento, a fabricante se posiciona à frente até da própria Xiaomi. “Além disso, a Huawei, principal concorrente da Apple no mercado premium, enfrentou queda nas vendas devido às sanções dos EUA”, disse o analista Mengmeng Zhang.

Este resultado é fruto de um longo esforço para se consolidar na região. Não à toa, a Apple anunciou em seu relatório financeiro do 2º trimestre fiscal de 2021 que a China já correspondia a 20% de sua receita global. A companhia também fechou um acordo bilionário com as autoridades locais para garantir um trânsito melhor no país.

2021 também foi palco de outros episódios similares. Em maio, Tim Cook, defendeu a relação entre a Apple e a China alegando que o iPhone precisa respeitar as leis locais e frisando que “a não ser pela parte do iCloud, é o mesmo produto”. A empresa ainda ativou servidores no país sob o comando de uma estatal no mesmo mês.

O Privacy Relay, recurso do iCloud para garantir mais privacidade, também não chegou à China. Em junho, foi revelado que as funções da plataforma para dificultar o rastreamento não estariam disponíveis aos chineses por motivos de regulamentação. Outros países também ficaram de fora e não receberam a novidade do iOS 15.

Com informações: Counterpoint Research e MacRumors

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.