“Dólar hoje” do Google cometeu erro, admite fornecedor

Empresa americana Morningstar reconhece a imprecisão nas taxas de compra e venda da moeda americana.

Thássius Veloso
Por • Rio de Janeiro
• Atualizado ontem às 19:35
Resumo
  • A Morningstar admitiu erro de cotação do dólar no Google em 25/12, quando a moeda americana apareceu com cotação perto de R$ 6,40.
  • A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ofício ao Google solicitando providências para prevenir a desordem informacional econômica.
  • O Google alegou que as informações são fornecidas por terceiros.

A empresa Morningstar, que fornece dados para a área de finanças do Google, admitiu o erro que assustou a internet brasileira ao longo de ontem: quando o dólar supostamente chegou a R$ 6,40. Numa nota, a companhia baseada em Chicago, nos Estados Unidos, citou “taxas de compra e venda imprecisas” ao longo do dia 25/12.

O posicionamento da Morningstar derruba a tese de que a negociação do dólar continuaria mesmo num dia de pouco funcionamento no mercado – inclusive com feriado na B3, a bolsa brasileira. Na ocasião, o Tecnoblog apurou que a equipe do Google tratava o assunto não como um erro, mas sim como uma flutuação natural do mercado.

Confira o posicionamento da fornecedora do Google

“A Morningstar coleta seus dados de câmbio de fontes externas confiáveis. No dia 25 de dezembro, dados errôneos de um desses fornecedores causaram uma discrepância temporária entre os dados da Morningstar para o Brasil e as taxas de câmbio reais do mercado. A Morningstar identificou e corrigiu o problema em 24 horas. A empresa está comprometida com a qualidade e precisão dos seus dados e está tomando medidas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.”

– Morningstar

A procura por “dólar hoje” rapidamente ganhou ontem no buscador ontem, a ponto de figurar entre as pesquisas mais comuns. O Google é um peso-pesado da internet brasileira: ele abocanha 94,4% do mercado de buscas por aqui, segundo o StatCounter.

AGU vai apurar o caso

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ainda na quarta-feira que iria apurar o caso, inclusive com consultas ao Banco Central. Ela oficiou o Google solicitando providências para evitar a “desordem informacional econômica”, de acordo com a GloboNews.

Esta não é a primeira vez que a busca do Google comete um erro ao exibir informações de finanças. No começo de novembro, por exemplo, o câmbio em tempo real foi desativado por mais de 24 horas. Sempre que perguntado sobre o assunto, o buscador costuma dizer que as cotações são fornecidas por terceiros.

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Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Thássius é editor do Tecnoblog e também atua como comentarista da CBN, palestrante e apresentador de eventos. Já colaborou com o Jornal Nacional e a GloboNews, entre outros veículos. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se. Pode ser encontrado como @thassius nas redes sociais.