Estudo alemão diz que pendrives estão ficando piores

Empresa CLB Data Recovery, do ramo de recuperação de arquivos, aponta que o motivo é o uso de chips que reprovaram nos testes de qualidade

Felipe Freitas
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A qualidade dos pen drives está caindo pelo uso de chips defeituosos (Imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

Não é impressão sua, os pen drives estão ficando ruins. A alemã CBL Data Recovery, que como indica o nome trabalha com recuperação de dados, publicou um relatório sobre a qualidade dos chips de memória encontrados durante seus serviços. A empresa aponta que os chips reprovados no controle de qualidade são revendidos e usados em pen drives.

A SK Hynix, Sandisk e Samsung são algumas das maiores fabricantes de chips de memória. A CBL Data Recovery não aponta o dedo para essas empresas. No entanto, ela explica que uma parte dos pen drives feitos com chips defeituosos eram vendidos com marcas, sem revelar se eram sob o nome das fabricantes ou de empresas terceiras (os pen drives duvidosos).

Outra parte dos pen drives eram distribuídos como brindes de companhias. Nada de surpresa aqui. É dificílimo ganhar um desses produtos e receber algum com qualidade boa — falando com a experiência de quem sofre com um pen drive de 16 GB da pós-graduação.

Pen drive barato e o grátis saem caro

(Imagem: Divulgação/CBL Data Recovery)
Chips de memória reprovados são vendidos e quem compra tenta apagar ou esconder a marca do fabricante original, como no caso desse chip da SanDisk(Imagem: Divulgação/CBL Data Recovery)

A CBL Data Recovery destaca que a vida útil desses pen drives é ainda menor. A memória flash NAND com tecnologia QLC, que está mais popular nesses produtos e pode até chegar no iPhone 16 Pro, dura menos que outros chips. Junte isso com a reprovação nos testes de qualidade e você tem um pen drive de vida mais curta que o normal.

Em alguns casos, a empresa encontrou pen drives que utilizavam cartões microSD como chip de memória. A gambiarra dos fabricantes era soldar os cartões no PCB do dispositivo. Ao invés de usar o chip controlador do próprio microSD, o gerenciamento do pen drive usava um controlador externo.

O resultado de usar esses pen drives gambiarras é que o usuário está mais propenso a perder arquivos. Claro, você não deve fazer backups nesses dispositivos, mas o papel do pen drive é ser prático. Você pode precisar passar um arquivo para algum lugar e o pen drive te deixará na mão: seja porque foi de arrasta ou porque “apenas” perdeu o arquivo.

A CBL Data Recovery explica que a recuperação dos chips reprovados é mais difícil. Um dos motivos é que (como mostrado na imagem acima) não dá de identificar o fabricante do chip. Então fica a dica: use esses pen drives de brinde para arquivos que, se perdidos, não te darão dor de cabeça.

Com informações: The Register e Ars Techinica

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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