EUA não devem renovar licença temporária da Huawei
Licença que permite à Huawei negociar com empresas americanas em casos específicos termina em novembro
Licença que permite à Huawei negociar com empresas americanas em casos específicos termina em novembro
A Huawei segue na lista negra dos Estados Unidos, mas possui uma licença temporária que permite à empresa chinesa fazer negócios com companhias americanas em casos bem específicos. Essa licença foi concedida em maio por 90 dias, mas depois foi renovada até 19 de novembro. Desta vez, os Estados Unidos não devem mais estender o prazo.
Segundo a Bloomberg, além de estar planejando não renovar a licença, o governo americano não descarta aumentar as punições para aliados que se recusarem a banir a Huawei de suas redes 5G. O secretário adjunto de segurança cibernética do Departamento de Estado, Rob Strayer, não disse quais seriam as punições, mas elas normalmente afetam os acordos de compartilhamento de dados de inteligência entre países.
A licença temporária da Huawei é bem limitada, e libera apenas as seguintes atividades:
Repare que a licença temporária não permite que a Huawei instale redes 5G nos Estados Unidos ou mesmo utilize peças de empresas americanas em seus equipamentos. Para alívio dos chineses, a Huawei já consegue produzir estações rádio base de 5G sem depender de componentes americanos e espera atingir uma produção de 1,5 milhão de ERBs em 2020, mais que o dobro das 600 mil previstas para este ano.
No entanto, a situação na divisão de eletrônicos de consumo permanece indefinida. O P30 Pro foi lançado antes das sanções americanas e não é afetado, mas o Mate 30 não pode vir com aplicativos do Google pré-instalados. A Huawei planeja lançar o novo topo de linha com bootloader desbloqueado para facilitar a instalação da suíte do Google por outros meios, mas ainda não revelou quando ou se o celular será vendido fora da China.