Grupo da Europa e Brasil pede indenização à Apple pelo BatteryGate
Grupo Euroconsumers, que inclui brasileira Proteste, quer que Apple pague indenização por deixar iPhones lentos (BatteryGate)
Grupo Euroconsumers, que inclui brasileira Proteste, quer que Apple pague indenização por deixar iPhones lentos (BatteryGate)
Parecia que o escândalo BatteryGate era assunto encerrado. Só parecia: recentemente, um grupo europeu de defesa do consumidor iniciou um processo exigindo que a Apple pague € 60 a cada usuário afetado pela diminuição intencional do desempenho de iPhones antigos. Um detalhe curioso é que o grupo tem participação de uma entidade brasileira: a Proteste.
Para quem não se lembra, o escândalo do BatteryGate aconteceu em 2017, quando a Apple admitiu que reduzia o desempenho de aparelhos como iPhone 6 e iPhone 7. A intenção, de acordo com a empresa, era preservar a vida útil desses dispositivos conforme suas baterias envelheciam.
Se por um lado o argumento faz algum sentido, por outro, gerou desconfiança e indignação: esse procedimento não era informado aos clientes, tampouco podia ser desativado, pelo menos não facilmente. Por causa disso, a Apple foi acusada de praticar obsolescência programada.
O efeito disso é que a empresa foi investigada em vários países. Nos Estados Unidos, a companhia concordou, em março, com o pagamento de indenizações cujas somas podem variar entre US$ 310 milhões e US$ 500 milhões.
A Euroconsumers é uma organização que reúne as seguintes entidades de defesa do consumidor: OCU (Espanha), Deco-Proteste (Portugual), Altroconsumo (Itália), Test Achats (Bélgica) e, como você já sabe, a brasileira Proteste. É justamente a Euroconsumers que pede que usuários europeus (e, talvez, no Brasil) sejam indenizados.
Pesa a favor da Euroconsumers uma multa de € 25 milhões que a Apple recebeu na França por conta do BatteryGate. Como já informado, a entidade quer que os usuários afetados sejam indenizados, cada um, em € 60.
Em 11 de junho, a Euroconsumers enviou uma carta à Apple para tratar do assunto. Em 2 de julho, outra carta foi enviada à companhia, esta com um prazo de resposta: se a companhia não se posicionar em até 15 dias, a organização ameaça levar o assunto para o âmbito judicial.
Vale lembrar que o BatteryGate também foi investigado no Brasil, mas, por aqui, as autoridades consideraram as queixas sobre o assunto improcedentes.
Com informações: MacMagazine, 9to5Mac.