Facebook e Instagram não terão mais notícias no Canadá
Meta decide se esquivar de lei canadense que obriga pagamentos a sites jornalísticos por links e conteúdo; para Google, nova norma é "impraticável"
Meta decide se esquivar de lei canadense que obriga pagamentos a sites jornalísticos por links e conteúdo; para Google, nova norma é "impraticável"
A Meta anunciou que não exibirá mais conteúdo e links de jornalismo nos feeds do Facebook e do Instagram no Canadá. Nesta quinta-feira (22), o país aprovou uma lei que obriga plataformas online a pagar sites de notícias e reportagens. Em resposta, a empresa removeu este tipo de publicação de suas plataformas.
“Confirmamos que a disponibilidade de notícias será encerrada no Facebook e no Instagram para todos os usuários no Canadá, antes do Online News Act passar a valer”, diz um comunicado da Meta.
Online News Act é o nome da legislação aprovada pelo Senado do Canadá. Faltam apenas formalidades para o texto entrar em vigo.
Enquanto a norma estava em discussão, a Meta adiantou que esse seria o caminho tomado por ela.
Em maio, Rachel Curran, chefe de políticas públicas da empresa no Canadá, disse que as notícias não têm valor econômico para a Meta. Por isso, não faria sentido uma compensação financeira.
Os testes para remover os conteúdos e links jornalísticos das plataformas começaram em 1º de junho, envolvendo uma pequena porcentagem dos usuários no Canadá.
A Meta não é a única grande empresa de tecnologia afetada pela lei. A Alphabet, controladora do Google, também vai precisar adequar seu produto às novas normas.
Na quinta-feira (22), um porta-voz do Google disse que a lei é “impraticável” e que a empresa quer trabalhar com o governo urgentemente para chegar a um acordo.
A gigante das buscas argumentou que a proposta canadense era mais ampla do que as aprovadas na Austrália (onde o Google fechou um acordo com as publicações) e na Europa.
A empresa considerou que a medida colocava preço nos links para matérias que aparecem nos resultados de pesquisas e podia se aplicar a sites que não produzem notícias.
O Google propôs algumas alterações, como pagar apenas por conteúdo e não por links, e limitar os repasses apenas a sites que produzem matérias e que atendam a padrões jornalísticos. As autoridades canadenses, porém, não mudaram a proposta.
Com informações: Reuters, Ars Technica, TechCrunch