Facebook revela as 196 páginas removidas por espalharem notícias falsas

Facebook diz que essas páginas faziam parte de uma rede coordenada para fake news

há 6 anos e 5 meses • Atualizado há 1 ano e 2 meses

No final de julho, o Facebook retirou do ar 196 páginas e 87 perfis brasileiros acusados de espalhar notícias falsas; alguns deles estavam relacionados ao Movimento Brasil Livre (MBL). Após pedido do Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), a rede social revelou o nome de todas as páginas removidas.

De fato, foram removidas quatro páginas regionais do MBL (de Caraguatatuba, Jacareí, São José dos Campos e Taubaté), além da “Salsicha MBL”, apelido do ativista Alexandre Santos.

Além disso, caíram as páginas Jornalivre, cujos administradores fazem parte da cúpula do MBL; Ceticismo Político, comandada por Luciano Ayan, que estava relacionada ao movimento; e Brasil 200, que era diretamente ligada ao MBL e apoiada pelo empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo.

Ainda sobre política, foram removidas três páginas em apoio a Jair Bolsonaro, além dos perfis chamados “DEM Mulher Joinville”, “LIVRES – JOINVILLE” e “PSL – Joinville”. (Existem diversas páginas na lista relacionadas a Joinville, aliás.)

O Facebook retirou alguns perfis que obviamente eram falsos, como “G1 – Portal de Notícias”, além de páginas de humor. A lista completa segue no final do post.

No documento enviado ao MPF/GO, o Facebook também lista o User ID dos perfis que foram removidos, sem revelar os respectivos nomes. Um deles é Renan Santos, participante do MBL.

O Facebook diz que “essas páginas faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas”. Todas foram removidas em 25 de julho após “rigorosa investigação”.

Elas são acusadas de criar ou gerenciar contas falsas, ou contas que participam de comportamentos não-autênticos coordenados — como exibir uma prévia de link que não corresponde à URL de destino, ou enganar pessoas para incentivar compartilhamentos, curtidas ou cliques.

O Facebook preparou algumas iniciativas para tentar impedir a desinformação na rede social nesta época de eleições. Isso inclui destacar publicidade política de forma diferente, revelando quem financiou o aumento da exposição do post; e análise de possíveis notícias falsas por quatro instituições de jornalismo.

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