Isso foi bem rápido: a GDPR entrou em vigor nesta sexta-feira (25) e duas gigantes de tecnologia já estão sendo acusadas de violar as regras de privacidade da União Europeia. Os processos pedem reparações para o Facebook e o Google que, somadas, representam indenizações de 7,6 bilhões de euros, o equivalente a R$ 32,2 bilhões.
As ações estão sendo movidas pelo ativista austríaco Max Schrems, conhecido por suas críticas à violação de privacidade por parte do Facebook. A rede social de Mark Zuckerberg e duas subsidiárias, WhatsApp e Instagram, estariam “coagindo” os usuários a aceitarem suas políticas de coleta de dados. Por isso, o processo pede reparação de 3,9 bilhões de euros (R$ 16,5 bilhões).
O Google também é acusado de forçar os usuários a aceitarem as políticas, mais especificamente no Android, e por isso deveria pagar 3,7 bilhões de euros (R$ 15,7 bilhões). O argumento é o de que ambas as empresas solicitam que os usuários marquem uma caixa de seleção se quiserem utilizar os serviços, o que é uma prática comum na internet, mas força as pessoas a fazerem uma escolha “tudo ou nada”.
TB Responde: O que é GDPR e que diferença isso faz para quem é brasileiro
Como já explicamos, a GDPR é um rigoroso conjunto de regras sobre privacidade válido para a União Europeia, mas que também afeta pessoas em outras partes do mundo, inclusive no Brasil. Com o regulamento entrando em vigor, todas as empresas e organizações, independente de porte ou área de atuação, deverão seguir regras rígidas para coletar, processar, compartilhar e resguardar dados pessoais.
Em sua defesa, o Facebook diz que se “preparou nos últimos 18 meses para garantir o cumprimento dos requisitos do GDPR”. Já o Google afirma que se preocupa com privacidade e segurança em seus produtos desde o começo, e que “está comprometido em cumprir a GDPR da União Europeia”.
Com informações: The Irish Times, The Verge.