Instagram: o que é, história e como funciona a rede social
Conheça a origem do Instagram e entenda a evolução da rede social, das fotos quadradas aos vídeos curtos recomendados por algoritmos
Conheça a origem do Instagram e entenda a evolução da rede social, das fotos quadradas aos vídeos curtos recomendados por algoritmos
O Instagram é a quarta rede social mais popular do mundo, com cerca de 2 bilhões de usuários ativos mensalmente. A história do aplicativo começa antes da aquisição pelo Facebook, com os primeiros filtros, feed cronológico e fotos quadradas.
A evolução do Instagram trouxe recursos de sucesso, como os Stories e o Reels, adaptados das plataformas rivais Snapchat e TikTok, respectivamente, e outros que não deram tão certo, como o IGTV, que foi descontinuado em 2021.
Neste guia completo, o Tecnoblog explica em detalhes tudo sobre o Instagram, incluindo suas principais características, história e o funcionamento da rede social. Acompanhe a seguir.
O Instagram é uma rede social da Meta que permite compartilhar fotos e vídeos com outros usuários, sejam eles seguidores ou não. Uma das principais características originais do Instagram é o uso de filtros para personalizar rapidamente as publicações.
A palavra “Instagram” é uma junção entre os termos “instant camera” (câmera instantânea) e “telegram” (telegrama), e remete à captura e compartilhamento de fotos instantaneamente.
Mas o primeiro nome do Instagram era “Burbn”, ainda na fase de protótipo, por causa do uísque americano bourbon – bebida apreciada pelo pesquisador de criatividade da plataforma na época, Keith Sawyer, segundo o livro Zig Zag: The Surprising Path to Greater Creativity.
A história do Instagram começa em 2009, quando o programador Kevin Systrom começou a desenvolver um app inicialmente chamado de Burbn. Em maio de 2010, o engenheiro de software Mike Krieger se juntou ao time para trabalhar na plataforma, que iria passar por mudanças para se tornar o Instagram.
Very excited to welcome @mikeyk to the Burbn team!
— Burbn (@burbn) May 19, 2010
Originalmente, o Instagram (ou Burbn) era um aplicativo de check-in semelhante ao Foursquare, que tinha uma espécie de sistema de pontos para premiar quem saísse com amigos.
Durante o período de testes do Burbn, os pesquisadores notaram que as pessoas estavam usando o app com um propósito diferente – o principal uso não era o check-in, mas o compartilhamento de fotos, um recurso secundário da plataforma.
A partir daí, Systrom e Krieger mudaram completamente o direcionamento do app, focando em uma forma simples de postar fotos com filtros – o que hoje conhecemos como Instagram.
O lançamento do Instagram ocorreu oficialmente em outubro de 2010, apenas para iOS. Em 2011, o Instagram captou US$ 7 milhões em investimentos na série A, sendo avaliado em cerca de US$ 20 milhões. No ano seguinte, a rede social chegou ao Android, e foi comprada pela Meta (na época, Facebook Inc.).
Sim. Michel “Mike” Krieger é um engenheiro de software e empresário brasileiro, co-fundador do Instagram. Mike nasceu em São Paulo, mas se mudou para a Califórnia em 2004, para estudar na Universidade de Stanford. Lá, ele conheceu Kevin Systrom, com quem criou o Instagram.
A data oficial de lançamento do Instagram é 06 de outubro de 2010, mas o aplicativo começou a ser desenvolvido em 2009 sob o nome “Burbn”.
O Instagram chegou ao Brasil em 2010, quando foi lançado globalmente na App Store. O país está entre os que mais acessam a rede social desde 2015.
A primeira conta do Instagram foi a de Kevin Systrom, cofundador da plataforma. Pelo perfil @kevin, o programador compartilhou cinco fotos no dia 16 de julho de 2010, uma delas é a foto de um cachorrinho da raça Golden Retriever, considerada a “primeira foto publicada no Instagram”.
Os primeiros filtros do Instagram foram Apollo, Gotham, Poprocket, Inkwell, X-Pro II, Lomo-fi, Earlybird, Sutro, Toaster, Brannan, Hefe, Walden, Nashville, 1977 e Kelvin. Todos eles compartilhavam um aspecto mais carregado, que mexia bastante em saturação de cores e tentava trazer uma estética mais lúdica às fotos tiradas com o celular.
Os clássicos Amaro, Rise, Hudson e Valencia chegaram na versão 2.0 do app. Abaixo, você confere uma publicação com o filtro Earlybird feita por Mike Krieger em 2010.
A ideia dos primeiros filtros partiu do co-fundador Kevin Systrom. Segundo uma entrevista dada por ele ao Hollywood Reporter, o objetivo dos filtros do Instagram era compensar a má qualidade das câmeras de celulares na época.
Com a evolução dos smartphones e da fotografia mobile, o Instagram passou a lançar filtros mais sutis, que aproveitam melhor a qualidade das imagens, além de apostar nos efeitos de AR para criar novas possibilidades.
O primeiro logotipo do Instagram foi desenhado por Kevin Systrom, e era basicamente uma cópia de uma câmera Polaroid OneStep SX-70.
Quando o Instagram se tornou popular na App Store, a semelhança entre o logo e o modelo da Polaroid foi rapidamente percebida pela Apple, que deu um ultimato para que a empresa modificasse a imagem.
Pouco tempo depois, o segundo logo oficial estava no ar: a icônica ilustração feita pelo designer Cole Rise, inspirada em uma câmera Bell & Howell dos anos 50.
A dona do Instagram é a Meta Platforms Inc., conglomerado fundado e dirigido por Mark Zuckerberg, com sede em Menlo Park, Califórnia. Além do Instagram, a Meta também é dona do Facebook e do WhatsApp.
A Meta (antes, Facebook Inc.) anunciou a compra do Instagram em 09 de abril de 2012. A aquisição foi revelada em primeira mão pelo CEO Mark Zuckerberg em sua timeline do Facebook. A promessa, desde o início, era manter o Instagram como uma rede independente do Facebook.
A Meta comprou o Instagram em 2012 por cerca de US$ 1 bilhão, considerando dinheiro e ações.
O Instagram ganhou uma versão para Android em 03 de abril de 2012, ultrapassando 1 milhão de downloads em 24 horas.
O Instagram permite compartilhar fotos e vídeos pelo celular ou PC de forma gratuita. Você pode seguir outros perfis para visualizar suas publicações em um feed e nos Stories, além de interagir por meio de comentários, curtidas, reações e mensagens diretas (DMs).
De acordo com o próprio Instagram, cada seção do aplicativo (Reels, Stories e Explorar) tem seu próprio algoritmo de recomendação, que se adapta à jornada do usuário.
O Instagram está disponível para smartphones Android e iPhones, PCs com Windows 10 e em versão web, que pode ser acessada pelo navegador no computador (instagram.com).
É preciso criar uma conta no Instagram para publicar fotos e vídeos. Após se cadastrar pelo app ou site e realizar as configurações básicas da conta, você deve logar no seu perfil para seguir outros usuários e começar a fazer postagens.
Ao tocar no botão central do app (“+”), é possível escolher o tipo de post que você deseja fazer: Publicação (feed), Instagram Stories, Reels ou Live.
Caso queira enviar uma mensagem direta a um seguidor, basta acessar novamente o seu perfil e ir até o menu de DMs do Instagram, representado por um balão, no topo direito da tela.
Qualquer pessoa pode ver as publicações do feed em perfis abertos, mesmo sem estar logado na rede social.
Para evitar que o conteúdo do seu perfil seja exposto a pessoas não autorizadas, é importante configurar as opções de privacidade. Você pode deixar o Instagram privado ou definir quem pode interagir com as suas publicações.
O Instagram permite que cada conta siga até 7.500 perfis na rede social. Caso você ainda não tenha atingido esse limite e esteja com problemas para seguir novos usuários, é possível que o Instagram tenha restringido as atividades da sua conta. Isso acontece por violações às diretrizes de uso, comportamento suspeito, entre outros motivos.
Os recursos do Instagram incluem os Stories, Reels, publicações do Feed, Lives e o Instagram Direct (DMs), entre outras funções, como mostra a lista a seguir:
Sim. É possível baixar o Instagram Beta para ter novos recursos do Instagram que estão em fase de testes.
Em 2010, o Instagram era uma plataforma de compartilhamento de fotos com formato 1:1 (quadrado) que permitia curtidas e comentários, e boa parte dos recursos atuais não existiam.
Na época, os usuários da rede social não podiam criar ou editar seus próprios filtros. Aliás, o sucesso desse recurso era tão grande que as pessoas começaram a nomear seus filhos em homenagem aos filtros do Instagram.
Os vídeos chegaram ao Instagram somente em 2013, e tinham no máximo 15 segundos de duração.
O IGTV foi a primeira tentativa do Instagram de embarcar nos vídeos verticais, que ocupam toda a tela do celular sem obrigar o usuário a girar o aparelho. O formato foi pensado para vídeos de até 1 hora, mas perdeu espaço para o Reels, que também é na vertical, mas tem uma proposta voltada para vídeos curtos.
“Temos observado grandes mudanças na maneira como as pessoas criam e desenvolvem conteúdo, onde o vídeo se tornou o formato preferido para se divertir e contar histórias. Sabemos que os vídeos curtos são o futuro do entretenimento e, por isso, lançamos Reels em mais de 50 países, oferecendo às pessoas um novo formato para expressão criativa e a oportunidade de alcançar novos públicos em um palco global.”
Adriana Grineberg, Diretora de Operações do Instagram da América Latina, em entrevista ao Tecnoblog
Ainda é possível publicar vídeos longos no Instagram na vertical. No entanto, o nome desse recurso agora é apenas “Vídeo do Instagram” e não existe mais uma aba exclusiva para este tipo de conteúdo no perfil – ele aparece junto às fotos do Feed.
O feed cronológico foi substituído por um sistema de recomendações via algoritmos do Instagram.
De acordo com a rede social, o fim do feed cronológico na tela principal do app se deu pelo aumento de conteúdo publicado na plataforma, que tornou praticamente impossível para os usuários visualizar tudo o que era publicado.
Para garantir que posts relevantes fossem vistos, os algoritmos do Instagram sugerem conteúdo com base na interação de cada usuário com as publicações e contas da plataforma.
Ainda é possível acessar um feed de favoritos em ordem cronológica no Instagram, mas ele não é exibido por padrão.
Facebook, TikTok, YouTube, Twitter (X), BeReal, Kwai, Snapchat e VSCO são algumas das alternativas mais famosas ao Instagram, permitindo postar fotos e vídeos de forma gratuita e interagir com outros usuários.
Vale lembrar que o Snapchat serviu como inspiração para o Instagram Stories, bem como o TikTok foi a grande referência de vídeos curtos usada para a criação do Instagram Reels.
Recentemente, o Instagram também lançou o Threads, um aplicativo separado focado em textos curtos que tem funcionamento semelhante ao do Twitter.
O Facebook tem mais usuários do que o Instagram. A rede social fundada por Mark Zuckerberg tem 2,9 bilhões de usuários ativos mensalmente, enquanto o Instagram tem cerca de 2 bilhões, segundo informações do Statista coletadas em outubro de 2023.
O TikTok é considerado o maior concorrente do Instagram, especialmente pela popularidade crescente entre as novas gerações. A rede social da chinesa ByteDance tem 1 bilhão de usuários ativos mensalmente, ficando em sexto lugar no ranking global montado pelo Statista.
O ranking considera plataformas como WhatsApp e WeChat como redes sociais. Excluindo estes dois aplicativos de mensagens, o TikTok vem logo após o Instagram na lista de redes com mais usuários ativos por mês.