Empresa contrária à obsolescência programada está há mais de dois anos sem lançar smartphone

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 8 meses

As grandes fabricantes costumam restringir a atualização e a manutenção dos aparelhos. A tática contribui para que, rapidamente, um celular deixe de ter o melhor desempenho. Como consequência, é normal que você sinta a necessidade de trocar o aparelho mais vezes.

Porém, algumas empresas são contrárias a essa estratégia. Uma delas é a Fairphone, que está há mais de dois anos sem lançar um novo celular e foi apontada como a mais amigável ao meio ambiente. A marca diz que um de seus principais objetivos é oferecer produtos com mais longevidade.

O celular mais recente é o Fairphone 2, lançado em dezembro de 2015. Ele é um aparelho modular, que permite trocar itens como o visor, a bateria e o módulo de câmera. As peças são vendidas diretamente no site da fabricante.

A Fairphone também tem como um dos objetivos oferecer melhorias no sistema operacional. O modelo deverá receber nos próximos meses sua segunda grande atualização, passando para o Android 7.1 Nougat. Com a nova versão, a empresa espera oferecer mais segurança e maior tempo de bateria.

“Queremos manter seu celular funcionando pelo maior tempo possível para que você não precise trocá-lo tão frequentemente. Um software seguro, atualizado e útil é essencial para atingir esse objetivo”, explica a empresa.

No hardware e no software, o objetivo é estender ao máximo o ciclo de vida do aparelho. No entanto, apesar da filosofia de manter o celular sempre atualizado, a empresa entende que uma mudança para o Android Oreo seria mais complicada. O Fairphone 2 conta com chip Snapdragon 801 com quatro núcleos de 2,26 GHz. Para a fabricante, as especificações não garantiriam um bom funcionamento do celular com a versão mais recente do Android.

Com informações: Fairphone.

Leia | Obsolescência programada: o que é, exemplos e impactos dessa estratégia

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.