Gemini: Google pausa ferramenta de IA após críticas

Gerador de imagens por inteligência artificial do Google produziu resultados historicamente imprecisos, que gerou controvérsia e críticas

Felipe Freitas

O Google decidiu interromper a ferramenta de geração de imagens de pessoas do Gemini, sua inteligência artificial generativa. O motivo são os erros historicamente imprecisos de algumas ilustrações e as subsequentes críticas dos usuários.

Por exemplo, um prompt de “soldados alemães na segunda guerra” resultou em artes com soldadas asiáticas. Também apresentou pessoas não brancas num comando relacionado aos chamados Founding Fathers dos Estados Unidos, ou seja, os principais líderes políticos da declaração da independência. Eram todos homens e brancos.

Google está trabalhando em solução

Em teste, Gemini gerou imagem imprecisa de soldados da Alemanha na Segunda Guerra Mundial (Imagem: Reprodução/TheVerge)
Em teste, Gemini gerou imagem imprecisa de soldados da Alemanha na Segunda Guerra Mundial (Imagem: Reprodução/TheVerge)

Ao interromper a ferramenta que cria imagens de pessoas no Gemini, o Google também informou que está trabalhando para resolver a situação. A big tech comentou que espera que o serviço esteja de volta em breve.

Quem quiser gerar imagens de outros assuntos, como paisagens, cenários, produtos ou retomar a moda das versões Pixar, pode seguir usando o Gemini sem problemas.

O gerador de imagens do Gemini foi lançado em fevereiro de 2024, pouco antes da empresa adotar o novo nome e encerrar de vez o Bard. Ele é a resposta do Google para os serviços fornecidos pela OpenAI e Microsoft.

A primeira é criadora do Dall-E, enquanto a big tech fundada por Bill Gates usou a parceria com a OpenAI para levar a criação por IA de imagens ao Copilot (antigo Bing Chat).

A decisão desta quinta-feira (dia 22/02) é um contratempo na corrida do Google para ganhar espaço no segmento.

Com informações: The Verge

Leia | Como trazer o botão "Visualizar Imagem" de volta ao Google Imagens

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Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.