Google lança ferramenta para identificar imagens geradas por IA (mas tem um porém)

SynthID só funciona com imagens geradas pelo Imagen, também do Google; ferramenta cria marca d’água nos pixels, mas só para arquivos do Imagen

Felipe Freitas
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Marca do Google (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Google lança versão de testes de recurso que identifica se imagem foi criada por sua IA(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou nesta semana o SynthID, uma ferramenta que identifica imagens criadas pelo Imagen, inteligência artificial da empresa que gera “fotos” e artes. O SynthID atua criando uma marca d’água “imperceptível aos olhos humanos” e registrada nos pixels da imagem. O recurso foi liberado para alguns assinantes do Vertex AI, serviço de machine learning disponível no Google Cloud.

O Imagen é um produto que integra o Vertex AI. O Google ainda não anunciou uma versão “pública” desse recurso ou de algo similar. A OpenAI e a Microsoft já lançaram serviços gratuitos deste tipo — Dall-E e Bing Image Generator, respectivamente. Porém, mais que criar fotos e artes, o Imagen permite ainda a edição de imagens através de prompts.

O anúncio da nova ferramenta foi realizado no blog da DeepMind, subsidiária do Google para desenvolvimento de inteligência artificial — e criadora do AlphaGo e AlphaZero, IAs voltada para o aprendizado de jogos. E assim como as IAs jogadoras, o SynthID tem uma finalidade específica: resguardar a “autenticidade” das imagens do Google.

SynthID sabe se uma foto é IA, mas só se for do Imagen

Como é explicado na publicação da DeepMind, o SynthID pode ser usado para identificar se uma imagem foi criada pelo Imagen — e só do Imagen. A ferramenta permite também que usuários coloquem marcas d’água nas artes e “fotos” geradas pela inteligência artificial.

A empresa não deixa bem explicado o ponto a seguir, mas dá a entender que se você tem uma imagem gerada pela IA da empresa, o SynthID pode ser usado para registrar uma marca d’água. Essa marca d’água deverá ser padrão nas fotos e artes criadas para os usuários betas — de novo a DeepMind não é direta sobre isso.

O que a empresa dá mais detalhes é sobre essa tal marca d’água. Ao contrário de colocar a identificação do autor no cantinho da imagem, o SynthID registra a “autenticidade”, ou “a origem”, do arquivo dentro dos pixels — como se alterasse o “DNA”. Assim, a ferramenta promete identificar se a imagem foi gerada pela IA do Google até mesmo se ela for recortada, passar por filtros ou invertida.

Por enquanto, só quem paga vê a eficácia do SynthID. Felizmente, o Google prometeu que tem planos de levar o recurso para outros serviços. Provavelmente veremos o SynthID como algum “extra” na busca de imagens.

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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