Google pode vetar apps de Android que usam localização em 2º plano

Desenvolvedores de apps que usam localização em segundo plano deverão justificar ao Google por que precisam desses dados

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Google Play Store (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Apps precisam da aprovação para seguirem na Google Play Store (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Google entende que muitos aplicativos acessam a localização dos usuários em segundo plano sem, de fato, precisarem dessa informação. Pensando nisso, a empresa determinará quais poderão ter acesso aos dados. Os apps que se encaixam nesses critérios, isto é, os que não estão sendo usados, mas seguem coletando dados, deverão ter suas práticas aprovadas para seguirem na Google Play Store.

Os desenvolvedores desses aplicativos deverão preencher até 18 de janeiro de 2021 um formulário no Google Play Console para análise da empresa. Os aplicativos publicados antes de 16 abril de 2020 têm um prazo um pouco maior e poderão enviar o formulário até 29 de março de 2021.

A exigência da aprovação para o uso dos dados acontece por conta da mudança em uma política do Google. Anunciada em fevereiro e em vigor desde abril, ela determina que apps só podem usar a localização em segundo plano se as informações forem relevantes ao seu funcionamento e oferecerem benefícios aos usuários.

Inicialmente, a ideia do Google era exigir a aprovação de todos os desenvolvedores até 2 de novembro. O planejamento, porém, foi alterado e deu mais tempo para desenvolvedores se adaptarem às novas regras.

Google pede transparência em aplicativos

Em comunicado, o Google recomenda que, antes de preencherem o formulário, os desenvolvedores devem se certificar de que os apps apresentam avisos aos usuários sobre quais dados estão sendo coletados. Isso porque também será preciso enviar um vídeo curto que demonstre como é a experiência do usuário em relação ao aviso e ao recurso que utiliza a localização em segundo plano.

A empresa pede ainda uma justificativa para o uso dessas informações. Caso haja mais de um recurso que precise deles, o desenvolvedor deve detalhar o que apresenta mais benefícios aos usuários. Além disso, a política de privacidade do app precisa ter detalhes sobre o uso de dados de localização em segundo plano.

O Google espera que a medida oferece aos usuários mais controle e transparência sobre quais dados os aplicativos têm acesso. “Descobrimos que muitos aplicativos que solicitam a localização em segundo plano não precisam dela. Remover ou alterar para o primeiro plano pode ajudar aplicativos a economizarem bateria e evitarem avaliações ruins quando usuários não querem compartilhar sua localização”, afirmou a empresa.

Com informações: XDA Developers.

Leia | Para que serve o Google Play Services no celular?

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.