Google prepara rival do ChatGPT, e ele deve funcionar assim
Ainda em fase de experimentos internos, Google desenvolve chatbot para competir com a OpenAI e outras melhorias para otimizar o buscador
Ainda em fase de experimentos internos, Google desenvolve chatbot para competir com a OpenAI e outras melhorias para otimizar o buscador
Depois que o ChatGPT virou assunto em todas as rodas de conversas, o Google começou a se movimentar para lançar uma resposta à solução da OpenAI. A companhia está experimentando um chatbot conhecido como “Apprentice Bard”, além de novas funções com inteligência artificial (IA) integradas ao buscador. É o que mostram documentos internos revelados pela emissora CNBC nesta terça-feira (31).
As informações partiram de memorandos da companhia, que mencionam testes internos de uma solução baseada no LaMDA (Language Model for Dialogue Applications).
Na reportagem, a emissora informa que o chatbot ganhou prioridade na empresa para incrementar as soluções do buscador. E já há até um diferencial em relação ao ChatGPT: a ferramenta do Google considera fatos recentes ao oferecer respostas aos usuários.
Enquanto isso, a plataforma da OpenAI está limitada a informações compiladas até 2021.
Apesar desse detalhe, o funcionamento segue a mesma natureza: o usuário faz uma pergunta e o sistema responde. E já há alguns exemplos: em um experimento, um funcionário do Google questionou se haveria outra demissão em massa na companhia.
Para refrescar a memória, o Google afirmou no dia 20 que iria demitir 12 mil funcionários devido à mudança de cenário econômico.
Rapidamente, o Apprentice Bard disse que era “improvável” acontecer “outra rodada de demissões em 2023”. E depois explicou:
“As demissões geralmente são feitas para reduzir custos e estrutura, mas a empresa está bem financeiramente”, aponta a resposta. “Na verdade, a receita do Google aumentou 34% em 2021 e o preço das ações da empresa aumentou 70% desde janeiro de 2022.”
Os testes demonstram um grande potencial ao Google. O que não é nenhuma surpresa: o LaMDA funciona tão bem que rendeu até uma longa discussão se a inteligência artificial da companhia estava se tornando senciente.
Mas, além do Apprentice Bard, o Google também pensa em levar a tecnologia para o buscador.
A CNBC informou que, nos testes, a companhia retirou os botões “Pesquisa Google” e “Estou com sorte” da página inicial para incluir sugestões de questões relacionadas. Além disso, há um pequeno ícone de chat dentro da caixa de busca para acionar a IA.
Ao utilizar o novo sistema, os usuários recebem respostas “mais humanas”.
Tudo isso oferece uma nova experiência aos usuários e confesso que estou curioso para experimentar. Todavia, estamos falando de experimentos internos, que ainda não ganharam forma o suficiente para serem levados ao mundo.
Ou seja, sequer sabemos se o Apprentice Bard e as mudanças no buscador serão apresentadas ao público em geral.
Procurado pela emissora, o Google não confirmou e nem negou a existência dos recursos. Mas disse que “há muito tempo” estão “focados no desenvolvimento e implantação de IA para melhorar a vida das pessoas”. E fez algumas considerações importantes:
“Acreditamos que a IA é uma tecnologia fundamental e transformadora incrivelmente útil para indivíduos, empresas e comunidades e, conforme descrevem nossos Princípios de IA, precisamos considerar os impactos sociais mais amplos que essas inovações podem ter”, disse o porta-voz. “Continuamos a testar nossa tecnologia de IA internamente para garantir que seja útil e segura, e esperamos compartilhar mais experiências externamente em breve.”
O movimento do Google não é em vão. Afinal, o surgimento do ChatGPT causou uma certa preocupação na empresa.
Não à toa, em janeiro, a companhia considerou em lançar um rival para o chatbot da OpenAI.
Esta decisão também parte de outro lugar: a Microsoft. Afinal, além da proximidade entre a empresa e a OpenAI, a responsável pelo Windows quer levar a tecnologia ao Bing, para dar um empurrão ao buscador.
A tecnologia também vai desembarcar no Microsoft Azure OpenAI em breve.
Com informações: 9to5Google e CNBC
Leia | O que é um chatbot? Entenda como esse robô pode ajudar