Huawei poderá usar tecnologia da ARM em futuros processadores
ARM concluiu que seus designs de processador têm origem britânica e não violam bloqueio comercial dos EUA contra Huawei
ARM concluiu que seus designs de processador têm origem britânica e não violam bloqueio comercial dos EUA contra Huawei
A Huawei ainda está na lista negra dos EUA, mas recebeu uma boa notícia nesta sexta-feira (25): a ARM concluiu que seus designs de processador têm origem britânica e não violam as sanções americanas, então a subsidiária HiSilicon poderá usá-los em seus futuros processadores Kirin.
“As tecnologias ARM v8 e v9 são de origem britânica”, disse uma porta-voz à Reuters. “A ARM pode fornecer suporte à HiSilicon para a arquitetura ARM v8-A, bem como para a próxima geração dessa arquitetura, após uma análise abrangente de ambas… que foram consideradas de origem britânica.”
Em maio, a ARM cortou relações com a Huawei por acreditar que seus designs de processador tinham tecnologia desenvolvida nos EUA. Ela deixou de fornecer suporte e interrompeu todas as discussões técnicas com a empresa e com a subsidiária HiSilicon.
A ARM tem sede em Cambridge, no Reino Unido, mas conta com uma filial no Vale do Silício. Por isso, foi necessário algum tempo para conferir se suas arquiteturas entravam ou não no bloqueio imposto pelo governo de Donald Trump.
A tecnologia da ARM é utilizada em praticamente todo celular: seus designs são licenciados pela Apple, Qualcomm, Samsung e MediaTek. A Huawei, segunda maior fabricante de smartphones do mundo, faz o mesmo: alguns exemplos são o Kirin 980, presente no P30 Pro e no Mate X; e o Kirin 990, encontrado no Mate 30 e 30 Pro.
O governo dos EUA concedeu uma licença temporária para a Huawei que acaba em meados de novembro. No entanto, ela só permite fornecer suporte a redes móveis já instaladas e celulares lançados até maio de 2019. O Mate 30 e 30 Pro não têm acesso à Play Store, pois o Google não pode fazer negócios com a empresa.
Com informações: Reuters.