Intel confirma processadores Ice Lake de 10 nm para junho (finalmente)
Primeiros chips de 10 nanômetros da Intel serão voltados a notebooks
Primeiros chips de 10 nanômetros da Intel serão voltados a notebooks
Depois de muitas promessas e rumores, o clima é de “agora vai”: em conferência com investidores, a Intel confirmou que os processadores Ice Lake serão enviados aos fabricantes a partir de junho. O anúncio marca a chegada oficial da Intel no segmento de chips de 10 nanômetros.
Os novos processadores serão voltados a laptops. A própria Intel sinalizou que só teremos chips de 10 nanômetros para desktops e servidores a partir de 2020 — e olhe lá.
Com os envios começando em junho, a companhia espera que os fabricantes possam preparar os primeiros notebooks baseados na família Ice Lake para as vendas de fim de ano. Além disso, a previsão dada condiz com a promessa da companhia de solucionar a escassez de CPUs no mercado, problema que se arrasta desde 2018.
Provavelmente, os primeiros processadores de 10 nanômetros serão os da série de baixo consumo de energia Ice Lake-U, direcionada a laptops ultraportáteis e conversíveis.
Seja como for, os chips Ice Lake terão como base a microarquitetura Sunny Cove, que promete avançados importantes, como capacidade de lidar com mais instruções em paralelo, suporte a quantidades maiores de cache, compatibilidade nativa com padrões como Wi-Fi 6 e Thunderbolt 3, mais agilidade em tarefas de inteligência artificial e por aí vai.
Outro atributo relevante é a integração com as novas GPUs integradas Intel Gen11. Elas trarão suporte nativo ao codec H.265 (HEVC), às resoluções 4K e 8K, e ao padrão HDR, por exemplo.
Mas a principal promessa é a de mais desempenho em jogos. Não que as GPUs Gen11 tenham sido desenvolvidas para ter desempenho similar ao de placas de vídeo dedicadas, mas podemos esperar mais desenvoltura em gráficos do que com as atuais Gen9.
Não menos importante é a promessa da Intel de lançar os seus primeiros chips com processo de 7 nanômetros em 2021. Será a primeira vez que a companhia recorrerá ao Extreme Ultraviolet (EUV), um tipo de litografia baseado em um comprimento de onda muito curto que, como tal, é ideal para chips muito miniaturizados.
Aqui, a proposta será diferente da habitual: a Intel fala em lançar, inicialmente, uma GPGPU para datacenters, grosso modo, uma GPU que executa tarefas de visão computacional, inteligência artificial, computação paralela, entre outros. Esse chip terá como base a futura arquitetura Xe.
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