Intel tem queda no lucro e promete ser mais agressiva com concorrentes
Intel registrou queda no lucro no primeiro trimestre de 2021, mas aposta em um segundo semestre mais favorável
Intel registrou queda no lucro no primeiro trimestre de 2021, mas aposta em um segundo semestre mais favorável
Na quinta-feira (22), a Intel divulgou os seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2021. Os números mostram que a companhia encerrou o período com lucro líquido de US$ 3,36 bilhões. O resultado é interessante de um lado, mas acende um alerta de outro: na comparação com os três primeiros meses de 2020, houve queda de 41% no lucro.
A receita no primeiro trimestre de 2021 ficou em US$ 19,7 bilhões, apenas um pouco abaixo do volume registrado no mesmo período do ano anterior (US$ 19,8 bilhões). Se a receita é praticamente a mesma, mas o lucro caiu, a Intel teve um aumento de despesas, certo?
Certo. À Reuters, George Davis, diretor financeiro da Intel, explicou que a redução do lucro é efeito, principalmente, dos investimentos que a empresa têm realizado para aumentar a produção de chips com tecnologia de 10 nanômetros e, em um futuro não muito distante, 7 nanômetros.
Via de regra, toda companhia espera ter resultados financeiros superiores na comparação ano a ano, não iguais ou inferiores. Mas alguns fatores impediram a Intel de registrar números mais expressivos. Um deles, de acordo com a própria empresa, foi a demanda reduzida por chips para servidores.
É por isso que a Intel olha com grande expectativa para os próximos meses. A companhia prevê que a demanda por processadores para servidores aumentará no segundo semestre de 2021 à medida que as consequências da pandemia de COVID-19 perderem força em várias partes do mundo e as organizações começarem a investir em datacenters novamente.
A companhia já tem uma arma para esse segmento: os chips Xeon Scalable de 3ª geração (Ice Lake-SP), que foram anunciados no começo de abril.
As expectativas para o segmento de servidores condizem com o otimismo de Pat Gelsinger, CEO da Intel desde fevereiro. O executivo prevê que, em 2021, a maior parte da receita da companhia virá de processadores de 10 nanômetros.
Mas, em um prazo um pouco maior, Gelsinger aposta que chips de 7 nanômetros é que vão permitir que os produtos da companhia voltem a ser referência em capacidade de processamento.
É nesse ponto que Gelsinger promete uma Intel mais agressiva em relação aos concorrentes. Na visão do executivo, a demanda por categorias variadas de processadores irá aumentar nos próximos meses e a Intel poderá se beneficiar por ter uma capacidade de produção que rivais não alcançam.
Há uma base para essa previsão: ao contrário dos concorrentes, a Intel tem fabricação própria de processadores. A empresa diz que esse fator é que a permitiu registrar números positivos, mesmo com a atual crise de escassez de chips no mercado.
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