Intel Xe-LP: mais desempenho gráfico em notebooks, mesmo consumo
Arquitetura gráfica Xe-LP estreará com processadores Tiger Lake e promete marcar nova fase na Intel
Arquitetura gráfica Xe-LP estreará com processadores Tiger Lake e promete marcar nova fase na Intel
A placa de vídeo Xe-HPG vai ser a arma da Intel contra a Nvidia e a AMD no mercado gamer. Mas essa disputa vai muito além dos jogos: a companhia também quer marcar presença nos segmentos de computação de alto desempenho e gráficos para laptops. Este último vai ser representado pela arquitetura integrada Xe-LP, que promete números interessantes.
Não que o segmento de GPUs integradas seja novidade para a Intel. Basta lembrarmos que parte dos processadores atuais da marca são acompanhados das GPUs UHD Graphics e Iris. O problema é que o foco dessas soluções gráficas nunca esteve sobre o desempenho.
Tudo indica que vai ser diferente na arquitetura gráfica que a Intel está desenvolvendo. Como ela é muito ampla, o projeto foi dividido em quatro propostas principais:
Já temos informações sobre a placa de vídeo Intel Xe-HPG, mas ela só chegará ao mercado em algum momento de 2021 — isso se a Intel não seguir a tradição de atrasar seus projetos.
As GPUS Xe-LP é que chegarão primeiro. Elas serão integradas à linha de processadores para notebooks Tiger Lake, de microarquitetura Willow Cove. Estes serão os sucessores dos chips Ice Lake de décima geração e, com efeito, da arquitetura Sunny Cove.
Os chips Tiger Lake trarão uma nova tecnologia de 10 nanômetros, um novo tipo de transistor chamado SuperFin, mais memória cache, frequências maiores, mas sem aumento substancial do consumo de energia, suporte a memórias LPDDR5, compatibilidade com o PCI Express 4.0, entre outras características.
Mas a presença da GPU Xe-LP é que deve chamar mais atenção, afinal, a nova arquitetura precisa começar em algum lugar, certo? Essa estreia será marcada pelo desempenho gráfico maior, mas sem aumento do consumo de energia. Pelo menos é o que a Intel dá a entender.
Para tanto, a companhia irá aumentar a quantidade de Execution Units (EUs) das novas GPUs. Enquanto os gráficos integrados Gen11 da família Ice Lake contam com até 64 EUs (é o caso da GPU Iris Plus), a Xe-LP trará até 96 unidades do tipo. Além da quantidade aumentada, cada EU da nova arquitetura terá unidades lógicas aritméticas maiores.
É de se esperar que, com esses e outros atributos, a GPU Xe-LP consiga ter 50% mais desempenho nas operações de ponto flutuante de 32 bits do que as GPUs Iris Plus com 64 EUs.
Na prática, podemos esperar mais desempenho em relação aos gráficos Gen11, mas sem aumento do padrão de consumo de energia, ou, sob determinadas circunstâncias, performance gráfica equivalente à atual, mas com consumo energético menor — a bateria do laptop agradece.
E a comparação dos gráficos Xe-LP com GPUs equivalentes da Nvidia e AMD? Ainda não há nada concreto nesse sentido, mas logo esse cenário ficará claro: a Intel dará mais detalhes sobre os chips Tiger Lake (e, consequentemente, sobre a arquitetura Xe-LP) em um evento marcado para 2 de setembro.
Com informações: Ars Technica, Tom’s Hardware.
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