Mastodon já registrou mais de 2 milhões de usuários desde outubro

Mastodon cresce em meio às confusões do Twitter; rede social descentralizada teve o seu perfil bloqueado na plataforma de Elon Musk

Bruno Gall De Blasi
• Atualizado há 1 ano e 1 mês

Desde que Elon Musk assumiu o Twitter, muitas pessoas começaram a buscar alternativas à rede social. O Mastodon, como era de se imaginar, se transformou em uma opção natural devido às semelhanças no funcionamento. Felizmente, tudo isso virou boa notícia para a nova plataforma, que alcançou mais de dois milhões de usuários ativos nos últimos meses.

Toda essa confusão gerada pelo bilionário está rendendo frutos para os vizinhos do Twitter.

É o que mostra Eugen Rochko, fundador e CEO do Mastodon. Em uma nota divulgada nesta terça-feira (20), o responsável pela plataforma informou que a rede social subiu para 2,5 milhões de usuários ativos entre outubro e novembro.

Antes, a marca era de aproximadamente 300 mil usuários ativos mensais.

Rochko ainda ressaltou o perfil dessa expansão. Entre os novos usuários, estão jornalistas, figuras políticas, escritores, atores e organizações.

“Compreendendo que a liberdade de imprensa é absolutamente essencial para uma democracia funcional, estamos entusiasmados em ver o Mastodon crescer e se tornar um nome familiar nas redações de todo o mundo, e estamos comprometidos em continuar aprimorando nosso software para enfrentar os novos desafios que surgem com rápido crescimento e demanda crescente”, afirmou.

Twitter
Twitter (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Mastodon teve perfil suspenso no Twitter

A publicação do resultado não é em vão.

Na semana passada, o perfil oficial do Mastodon foi suspenso do Twitter, após mais uma reviravolta envolvendo Elon Musk. Nem os tweets com links que direcionavam à plataforma vizinha escaparam: ao publicá-los, os usuários recebiam um aviso de que o endereço era “potencialmente prejudicial”.

Na fala de hoje, o CEO lembrou do episódio. Segundo o comunicado, o perfil @joinmastodon foi suspenso do Twitter depois que publicaram um link para a conta @ElonJet no Mastodon.

Caso não esteja a par, o canal publica periodicamente a posição do jatinho de Elon Musk, o que irritava o executivo há bastante tempo.

Mas este não foi o único problema da semana passada. Os perfis de jornalistas da CNNNew York Times e Washington Post, além de outros profissionais da imprensa, foram igualmente banidos por tocar no assunto.

Diante deste fato, Rochko defendeu as plataformas descentralizadas. Para ele, este sistema impede a imposição de “limites arbitrários e injustos” sobre o que pode ser publicado.

Ele também lembrou que o Mastodon, com seu software gratuito e de código aberto, permite que “qualquer pessoa” execute uma rede social em sua própria infraestrutura, “totalmente sob seu próprio controle”, e sem se isolar no mundo.

“Isso não apenas permite que organizações como o governo alemão ou a Comissão Européia executem seus próprios servidores Mastodon, onde publicam informações importantes que são distribuídas a milhares de seus seguidores em muitos servidores Mastodon diferentes, mas também lhe dá a liberdade de escolher uma rede social provedor de mídia da mesma forma que você escolheria um provedor de telefone, internet ou e-mail, e passar de um para o outro, mantendo seus seguidores”, concluiu.

Elon Musk
Elon Musk no Kennedy Space Center da NASA em 2020 (Imagem: Joel Kowsky / NASA)

Com a venda do Twitter, alternativas ganharam destaque

O Mastodon, vale ressaltar, não surgiu com a compra do Twitter.

A plataforma deu as caras em 2016, e se tornou uma alternativa a quem queria um serviço de microblogging. No entanto, a rede social permaneceu focada em públicos específicos, incluindo defensores de privacidade, até Elon Musk passar US$ 44 bilhões no débito.

Mas esta não é a única rede social a ganhar os holofotes.

Além do Mastodon, os brasileiros correram atrás do Koo. A procura foi tão grande que a rede social indiana, que também traz várias semelhanças com a plataforma de Elon Musk, criou uma conta em português para o Brasil.

The Verge lembrou de outros serviços que vieram à tona desde então. Entre eles, estão o Hive e o Post que, sinceramente, eu só conheci hoje.

E você, está buscando uma alternativa ao Twitter? Encontrou alguma rede social legal? Compartilhe as suas impressões com a gente na Comunidade do Tecnoblog!

Leia | Como deixar de seguir todos no Twitter

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.