Microsoft Bing promete substituir Google caso empresa deixe a Austrália
Microsoft Bing quer ocupar espaço do Google na Austrália após empresa ameaçar a sair do país se projeto de lei for aprovado
Microsoft Bing quer ocupar espaço do Google na Austrália após empresa ameaçar a sair do país se projeto de lei for aprovado
A Austrália discute um código de conduta que obrigaria plataformas como Google e Facebook a pagar para exibir notícias de terceiros. Em reação, a gigante de buscas ameaçou a desativar seu buscador, caso o projeto de lei seja aprovado. A Microsoft, por outro lado, pretende substituir o Google com o Microsoft Bing no país.
A reação parte do presidente-executivo da Microsoft, Brad Smith, e do CEO Satya Nadella. Na semana passada, os executivos declararam apoio ao código de conduta em uma reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, e o ministro das Comunicações, Paul Fletcher.
O primeiro-ministro confirmou que conversou com Nadella sobre a substituição e disse que está confiante de que os australianos terão alternativas caso o Google saia do país. Segundo o presidente-executivo da Microsoft, as pequenas empresas poderão transferir seus anúncios para o Microsoft Bing sem custos e sem dificuldade.
“O código tenta razoavelmente resolver o desequilíbrio do poder de barganha entre as plataformas digitais e os negócios de notícias australianos”, afirmou Smith. “Ele também reconhece o papel importante da pesquisa, não apenas para os consumidores, mas para os milhares de pequenas empresas australianas que dependem da tecnologia de pesquisa e publicidade para financiar e apoiar suas organizações”.
O apoio ao projeto surge após o Google se posicionar contra a proposta do código de conduta. No fim de janeiro, a gigante das buscas chegou a ameaçar a desativar a busca na Austrália caso o texto em discussão seja aprovado no país.
“Não respondemos a ameaças”, disse o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, na época. “A Austrália estabelece nossas regras para coisas que você pode fazer na Austrália. Isso é feito em nosso parlamento. É feito pelo nosso governo. E é assim que as coisas funcionam aqui na Austrália”.
Em agosto, a empresa ainda afirmou em carta aberta que a necessidade de pagar para reproduzir os conteúdos é uma ameaça aos serviços grátis. Além do Google, o Facebook também pode ser afetado pela proposta, caso aprovada. Neste caso, a rede social disse que os usuários da Austrália poderão ter o compartilhamento de notícias bloqueado.
Com informações: Associated Press e ZDNet