Microsoft coloca marca d’água no Windows 11 de PCs incompatíveis

Aviso aparece em computadores com Windows 11 que não atendem aos requisitos mínimos; Microsoft exige TPM 2.0 e chips mais recentes para rodar o sucessor do Windows 10

Bruno Gall De Blasi
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Notebook com Windows 11 e Menu Iniciar aberto (imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)
Windows 11 (Imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Windows 11 veio ao mundo com uma série de requisitos mínimos que causaram críticas entre usuários. De lá para cá, a Microsoft afrouxou um pouco as exigências, permitindo o uso do novo sistema operacional em mais computadores. Todavia, a empresa começou a aplicar uma marca d’água para alertar quando o PC não preenche todos quesitos em uma atualização recente.

O indicador lembra os alertas de cópias não autenticadas do Windows 7, 8 e 10, aplicado no canto inferior direito do monitor. Dessa vez, o aviso em testes desde o começo do ano passado informa que os requisitos do sistema não foram preenchidos, assim como a versão do sistema operacional e a compilação do software.

Segundo o Windows Latest nesta terça-feira (14), por mais que a notificação esteja presente na versão final do Windows 22H2, liberada junto ao update de janeiro de 2023, a alteração ainda não aparenta ser definitiva. Já o Neowin, ontem (13), relatou que a alteração deu as caras na compilação 22621.

Os usuários, no entanto, não se mostraram muito felizes no Hub de Comentários.

É o caso de uma pessoa que comprou o computador em 2021 com o Windows 11 pré-instalado e recebeu a marca d’água. Outros usuários, com especificações mais antigas e funcionais, também foram impactados pelo indicador.

“Meu Surface Pro, que está executando o Windows 11 há muitos meses sem problemas, de repente tem uma marca d’água permanente na área de trabalho informando ‘Requisitos do sistema não atendidos. Vá para Configurações para saber mais'”, disse mais um usuário no Twitter no último dia 2.

Só não sabemos, ainda, quando esta medida chegará a todos e se será, de fato, aplicada em massa. Todavia, este é mais um episódio envolvendo os requisitos mínimos do Windows 11.

Marca d'água do Windows 11 indica que o computador não atende aos requisitos mínimos (Imagem: Reprodução/Windows Latest)
Marca d’água do Windows 11 indica que o computador não atende aos requisitos mínimos (Imagem: Reprodução/Windows Latest)

Windows 11 requer TPM 2.0 e mais para rodar

Toda essa polêmica começou em 2021, quando a Microsoft anunciou o sucessor do Windows 10. Na época, a Microsoft alertou que computadores sem TPM 2.0 não seriam compatíveis com o sistema operacional, o que rendeu problemas até para equipamentos mais recentes.

A editora do Tecnoblog, Viviane Werneck, por exemplo, tinha um PC gamer comprado em 2019 que não passou nos testes de requisitos mínimos para atualizar do Windows 10 para o Windows 11 devido à falta do chip. Mas esta não era a única preocupação: além do TPM 2.0o software não é compatível com chips Intel e AMD lançados antes de 2017.

De lá para cá, os usuários encontraram truques para driblar a exigência e até fizeram queixas à Microsoft. Até que a Microsoft cedeu e liberou a atualização em computadores antigos em agosto de 2021.

No fim das contas, a Microsoft manteve o TPM 2.0 na lista de requisitos mínimos. A empresa ainda exige outros recursos para fazer o Windows 11 rodar. Confira:

  • Processador compatível de 1 GHz ou superior com dois ou mais núcleos;
  • 4 GB de RAM ou mais;
  • 64 GB de armazenamento ou superior;
  • Tela de 9 polegadas ou mais com resolução a partir de 720p;
  • GPU compatível com DirectX 12 ou posterior e WDDM 2.0;
  • UEFI e TPM 2.0.

Saiba como instalar o Windows 11 mesmo sem TPM 2.0 no PC.

Com informações: Neowin e Windows Latest

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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