Motoristas de apps realizam paralisação nesta segunda-feira e usuários relatam preços elevados

Paralisação nacional de motoristas de apps iniciou às 4h da manhã; no Twitter, usuários reclamam de preços elevados em diversas capitais do Brasil

Felipe Freitas
Por
Uber
Motoristas de aplicativo realizam paralisação nesta segunda-feira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nesta segunda-feira (15), motoristas de aplicativos de transporte e de entrega realizam uma paralisação nacional. Os motoristas protestam por aumento no preço mínimo das corridas, do valor pago por quilômetro rodado, adicional por parada no trajeto e diminuição do percentual de comissão das plataformas. A greve tem previsão para durar 24 horas, encerrando na terça-feira (16), às 4h.

Nas redes sociais, há relatos de paralisações em diversas capitais brasileiras, entre elas estão: Fortaleza, Salvador, Goiânia, Palmas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina e Recife. Usuários divulgaram no Twitter as suas experiências com apps, como 99 e Uber, neste início de paralisação. Em algumas cidades, clientes reclamaram de aumento de preços devido à tarifa dinâmica, enquanto outros usuários relataram apenas aumento no tempo de espera.

Motoristas organizaram protesto pelas redes sociais

A paralisação, segundo informações do jornal Extra, foi organizada pelos motoristas e entregadores por meio das redes sociais, contando com apoio da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp). Em São Paulo, os participantes da paralisação realizaram um comboio até a sede da Uber no Brasil para uma manifestação.

Em Florianópolis, a paralisação não demonstra grande impacto. Usando o 99 para testes, o tempo de espera foi um pouco maior do que o normal e o preço não estava em tarifa dinâmica. Todavia, o motorista que respondeu o chamado estava em um bairro mais afastado. Ainda assim, é uma manhã de segunda-feira, período em que o trânsito está mais movimentado.

No Rio de Janeiro, o Uber está com tarifas promocionais para algumas regiões da cidade. Em São Paulo, usuários relatam certa normalidade ao pedir corridas.

Tarifa promocional Uber
Preços das corridas no Uber estão um pouco mais altos no Rio de Janeiro, mas há tarifa promocional em algumas regiões (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Em Teresina, capital do Piauí, motoristas que aderiram à paralisação protestaram bloqueando parcialmente algumas avenidas da cidade. No Rio de Janeiro, houve manifestação no centro da cidade. Além da paralisação, participantes do protesto estão pedindo que motoristas que continuam trabalhando não aceitem corrida abaixo de R$ 10.

Mesmo “normal”, passageiros reclamam de uso dos apps

Se para alguns o Uber e 99 parece normal, no Twitter, há usuários relatando que houve um aumento de preço nas suas corridas e demora para conseguir as corridas.

https://twitter.com/ktchauul/status/1658078165753905155

Nota do 99 e baixa adesão no Brasil

Em resposta ao Tecnoblog, a 99 enviou a seguinte nota:

Ouvindo e conversando com cerca de 2 mil motoristas todos os meses, a 99 adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app: foi a primeira plataforma a oferecer a Taxa Garantida, que assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%. Também foi pioneira em iniciativas com o Adicional Variável de Combustível, um auxílio no ganho que aumenta sempre que o combustível sobe. Além disso, lançou outros programas como:

Kit Gás;

Consórcios com taxas mais baixas para a compra de veículo;

Vantagens no aluguel de carros;

O 99Loc, que amplia o acesso à locação de veículos;

DriverLAB, um centro de inovação criado pela 99 para fortalecer o cuidado com o motorista e a redução de seus custos operacionais.

Entramos em contato com a Uber e ainda não tivemos resposta. Atualizaremos o texto com o posicionamento da empresa assim que recebermos um comunicado.

A paralisação deve encerrar às 4h de terça-feira. Entretanto, no que apuramos, a manifestação teve uma baixa adesão em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, segunda maior cidade do Brasil, o jornal Extra relatou que “cerca de 40 carros” participaram do protesto.

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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