Funcionários dos Correios desistem de greve às vésperas da Black Friday
Sindicatos regionais aprovam proposta feita pela empresa estatal nos estados de RJ e MA e na cidade de Bauru.
Sindicatos regionais aprovam proposta feita pela empresa estatal nos estados de RJ e MA e na cidade de Bauru.
Os funcionários dos Correios vão trabalhar normalmente durante a Black Friday, numa reviravolta depois de os sindicatos divulgarem que haveria paralisação a partir desta quinta-feira (23). As entidades representativas dos trabalhadores nos estados de Rio de Janeiro e Maranhão, além da cidade de Bauru (SP), aprovaram ontem (22) a proposta enviada pela empresa, que prevê aumento de R$ 250.
Já os trabalhadores da cidade de São Paulo devem fazer uma assembleia hoje, mas a tendência é de que também aceitem a proposta dos Correios, de acordo com apuração do jornal Folha de São Paulo.
Ao longo da tarde de quarta-feira, o secretário de comunicação da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), Douglas Melo, disse ao Tecnoblog que a greve havia sido aprovada. Outros veículos de imprensa também apuraram informações similares. No entanto, posteriormente foram realizadas novas assembleias nas quais a categoria decidiu cancelar o movimento.
A paralisação seria motivada pela recusa da direção dos Correios em ajustar cláusulas do acordo coletivo enviado no dia 27 de setembro. A Findect citava ainda que buscou dialogar com a empresa durante os últimos 50 dias. Entretanto, teria obtido uma resposta insatisfatória.
Por sua vez, a administração dos Correios declarou ao Tecnoblog que os serviços estão “operando normalmente”, com 100% do empregados presentes e todas as agências abertas.
A empresa explicou que concedeu aumento de R$ 250 para a maior parte do efetivo a partir de janeiro de 2024. O montante representa alta salarial de 6,36% para mais de 71 mil funcionários.
Os Correios destacam 18 pontos que teriam avançado nas negociações, como abonos salariais, reembolso para creche/babá, licença paternidade de 20 dias e ampliação do horário especial de amamentação, entre outros.
A empresa estatal também explicou que preparou uma série de medidas caso a greve acontecesse, como contratação de mão de obra terceirizada, horas extras, deslocamento de empregados entre as unidades e apoio de pessoal administrativo.
Com informações: Folha de São Paulo, Correios e Findect